Esse filme me foi indicado pelo leitor Higor Campos e foi uma baita de uma surpresa, isso porque trata-se de nada menos do que um tipo de Spin-Off dos clipes Bad Motherfucker e The Stampede. Ou seja, os dois fizeram tanto sucesso com aquela ação frenética apresentada, que acabaram dando uma chance para o diretor ir além e pegar o mesmo ator para filmar um longa metragem inteiro.
A história apresenta Henry, um homem que acorda sem memória com uma mulher lhe encaixando um braço robótico e fazendo configurações. Logo ela lhe diz que é sua esposa, e que logo ele começará a lembrar. Mas quando o lugar é invadido, os dois tem que fugir e com o auxilio dela, ele descobre que tem habilidades que vão muito além das de um ser humano normal.
Esse filme é no estilo Mockumentary, mas tem um toque especial pelo fato de ser realmente na visão do próprio personagem. Somando isso com o fato do personagem ser mudo, me fez perceber rapidamente o quanto deve ser fantástico assistir isso usando um óculos de realidade virtual, mesmo que seja aqueles baratinhos vagabundos, isso porque até assistindo em uma tela normal tiveram vezes que me deu um arrepio imenso e sem a voz dele a sensação é de estar na pele de Henry.
As cenas muitas vezes são completamente inusitadas como o personagem estar fugindo de um lugar e quando abre a porta e sai, olha pra baixo vendo um monte de nuvens lá embaixo e assim percebendo que está em um lugar no céu. Cenas de quedas de lugares imensos são bem constantes também, além é claro dos movimentos incríveis que o personagem faz em combates e subindo em lugares.
Outro detalhe muito maneiro é que é um filme do gênero Biopunk, algo que foi uma surpresinha já que depois que assisti o longa metragem de terror japonês Tetsuo, não imaginei que tão cedo iria assistir uma obra biopunk que não fosse os padrões filmes dos Estados Unidos, portanto dar de cara com um russo logo depois foi algo inesperado. Mas devido a união de homem e máquina ele também pode ser considerado como Cyberpunk, porém acho que a manipulação biológica é algo que fica bem mais evidente do que algo relacionado à inteligência artificial.
Graças a esse elemento nós vemos também cenas que vão além das habilidades de parkour do personagem, pois o vilão principal tem telecinese. E assim é uma surpresa quando de repente Henry chega a alguns lugares e ele está lá esperando, fazendo coisas levitarem e causando um estrago nos objetos e pessoas ao seu redor.
Uma coisa curiosa, é que eu desconfio plenamente que algumas cenas foram gravadas no meio da rua sem atores. Isso porque tem coisas que são absurdamente realistas e tive a impressão de alguns rostos estarem borrados. Uma cena na escada rolante onde uma mulher é derrubada me deixou meio chocado com o realismo da coisa, parecia MESMO que ela tinha se dado mal e caído com força nos degraus. Espero estar errado hahahaha, mas de fato pareceu bem feito até demais.
Senti também um baita de um climinha de anime, o próprio vilão além de ter poderes é um cara com um visual bastante peculiar, cabelos brancos até os ombros, olhos extremamente claros que dão aquela sensação de pessoa cega e com uma roupa vermelha bastante estilosa que lhe dá um baita destaque em relação ao visual dos outros personagens.
O filme tem umas doses de humor bem ácidas e é notável que as influências tarantinescas continuam no diretor. Pra quem não sabe Bad Motherfucker é uma expressão que veio do filme Pulp Fiction Tempo de Violência. E aqui você vê alguns momentos violentos hilários, como a cena de um personagem conversando com Henry no ônibus, que de repente para, olha pra fora e vê um cara em uma roupa metálica, ele coloca a cabeça pra fora e começa a zuar e o cara tira um lança chamas e taca uma labareda no infeliz, logo depois incinerando o ônibus inteiro com a galera dentro uahahaha.
Enfim, tá procurando por um filme de ação muito frenético e que certamente vai te gerar uma sensação bastante única? Então esse com certeza pode suprir essa vontade, no Brasil o filme foi lançado como Hardcore: Missão Extrema, se puderem realmente recomendo que assistam com óculos, mesmo que seja aquele de papelão do Google, pois a experiência será única.
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