Hoje vou falar sobre um filme bizarríssimo que eu pensei que acharia perturbador, mas que acabei absorvendo bem. No entanto tenho que assumir que a ideia insana da coisa é com certeza capaz de causar repulsa em algumas pessoas. O clássico do trash japonês de 1989 "Tetsuo O homem de Ferro".
A história é bastante bizarra e no começo me pareceu uma versão mais leve do perturbador Begotten, com uma sequencia sem sentido de coisas. Nela apresenta um homem que começa a se transformar em metal, com objetos variados aparecendo em diversas partes de seu corpo e o consumindo, em desespero ele não sabe o que fazer diante da transformação.
Eu fui assistir essa bagaceira sem saber de nada, porém tinha visto algumas imagens dele e parecia bem grotesca a coisa. O nome "Tetsuo" deve ser comum no Japão, mas ele só me lembra de uma obra que é o fantástico Akira, mas inicialmente só ignorei por esse pensamento. Porém enquanto assistia, a imagem de um personagem se transformando em algo que não deseja, envolvendo muitas peças de metal e uma namorada apaixonadíssima que não quer deixá-lo acabou me fazendo ter aquela pontada de "Nossa, isso é Akira demais! E o nome do personagem é o mesmo!".
Tive que pausar e ir fazer uma pesquisa, e não é que o negócio realmente foi inspirado em Akira? Saindo um ano após a animação. Mas sem orçamento algum, o filme é inclusive em preto e branco e descobri que os três personagens principais foram também quem filmaram, ou seja eles nunca aparecem juntos, um sempre estava segurando a câmera. Esse sim carrega a verdadeira essência de um filme trash.
Mas apesar de tudo o filme transmite uma essência interessante, isso foi bem inesperado pra mim. É aquele tipo de obra que é mais pra ser sentido do que uma história pronta. E eu pensava que seria assim até o fim, mas por incrível que pareça ele também tem uma história, meio que lá pelos 80% do filme a coisa dá uma virada e se encaixa, como se as cenas tivessem sido mostradas de maneira misturada e então finalmente aparecesse a cena certa que liga todas as outras.
Ainda assim é uma obra surreal, daquelas que você vê a ligação da história, mas o sentido parece não existir. Parece mais uma explosão na mente doentia de alguém, uma forma de se expressar de maneira bizarra. Eu vi que é considerado por muitos como uma obra Cyberpunk, mas levando em consideração que o cenário é os anos 80 e não o futuro, e o metal nem tecnologia é, parece mais uma coisa orgânica, creio que a melhor definição é como uma obra Biopunk.
O filme usa também algumas técnicas bem interessantes, ângulos de câmera peculiares e elementos surreais. Especialmente no começo do longa a coisa é uma loucura, como o protagonista em um galpão se balançando desesperadamente em uma cena bem sem noção, não é à toa que de primeira pensei ser uma obra excêntrica voltada para o lado artístico da coisa.
O filme usa também algumas técnicas bem interessantes, ângulos de câmera peculiares e elementos surreais. Especialmente no começo do longa a coisa é uma loucura, como o protagonista em um galpão se balançando desesperadamente em uma cena bem sem noção, não é à toa que de primeira pensei ser uma obra excêntrica voltada para o lado artístico da coisa.
Enfim, tá em busca de uma bagaceira bem trash pra assistir com os amigos? Eu acho que esse aqui tem um charme especial que vale a pena. É cheio de coisas insanas e surreais, além de que é uma obra japonês e você nota bem a diferença do estilo trash deles pare o norte americano que tanto conhecemos. Recomendo! Mas apesar da legião de filmes trash lançados no Brasil, esse é bem difícil de se achar.
3 Comentários
"O clássico do trash japônes [dde] 1989..."
ResponderExcluirDDE: Disque Direto do Enferno! kkkkk
Obrigado, arrumei. =)
ResponderExcluirO tipo de filme trash japonês não me atrai tanto como os ocidentais.
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