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Psicose - Um clássico das reviravoltas em filmes

Quem é que não ama reviravoltas né? Eu sei que vocês ficam louquinhos quando chegam a final de filmes como Coração Satânico, Identidade ou Cidade das Sombras. Essas obras tem uma reviravolta fantástica que faz seu cérebro despedaçar assim que você vê que as coisas não eram exatamente o que você estava pensando. Naturalmente como vocês devem imaginar, técnicas novas causam mais impacto quando aplicadas a primeira vez, então filmes clássicos acabam marcando muito mais, esse é bem o caso de Psicose.


Uma coisa engraçada é que eu pensava que conhecia a história de Psicose inteira, isso porque é um daqueles filmes que vi em partes, sempre soube o final, sempre vi por aí a cena da facada na banheira, mas nunca tinha de fato assistido pra valer. Resolvo dar uma olhada e fiquei impressionado ao ver que tinha muito mais, não era uma mera garota que foi a um hotel e o terror correu solto, o que foi uma agradável surpresa.

Na verdade a coisa foi bem mais além em meu interesse, por exemplo todo mundo associa esse filme a  Alfred Hitchcock, ele é colocado como o gênio por trás de Psicose, sendo que embora tenha recebido a fama, no fim das contas ele só dirigiu mesmo, não foi responsável pelo roteiro. Era uma adaptação de um livro!

Robert Bloch foi um escritor americano que nasceu em 1917 e era muito fã de Revistas Pulp, isso fez com que ele lesse bastante na adolescência e quando completou 19 anos conseguiu comprar uma máquina de escrever de segunda mão e passou a enviar contos para a Weird Tales, a mesma de H.P. Lovecraft, acabou inclusive se tornando amigo do autor.

Com a morte de Lovecraft em 1937, Bloch entrou em um momento mais sombrio de suas escritas, aderindo a elementos sobrenaturais. Porém essa época durou pouco tempo, pois em 1940 outra coisa lhe chamou a atenção, serial killers! E chegou a escrever em 1943 o conto "Yours Truly, Jack The Ripper" que conta a história de Jack o Estripador em novo ponto de vista.

Até que em 1959 finalmente lançou Psicose, e em apenas um ano saiu o filme! Uma coisa muito maneira é que o livro de Psicose foi lançado no Brasil em uma edição de luxo pela editora Dark Side, dando assim acesso aos fãs brasileiro de suspense clássico. Olha que coisa mais linda:

No Brasil uma coisa muito engraçada é que na época de lançamento do filme, algumas revistas divulgaram que o nome do filme seria "O filho que era a Mãe" e a zueira foi fora do controle pelas ruas do país, mas rapidamente os responsáveis pela distribuição nacional desmentiram, mesmo assim até hoje ainda é possível se ver a piadinha por aí.

Você certamente conhece psicose ao menos de vista, isso porque gifs animados, ceninhas em canais do youtube e várias outras coisas usam trechos do filme. Em especial da moça loira tomando uma penca de facadas no chuveiro. Aliás, essa ideia de facada no chuveiro virou clássica né? Morrer enquanto toma banho é algo que se instalou na mente das pessoas.

A história fala sobre Marion Crane, que é uma confiável secretária que um dia decide dar a volta por cima e rouba 40 mil dólares de um investidor e se manda, deixando diversas pessoas atrás dela. Em sua fuga discreta acaba indo parar em um lugar chamado Hotel Bates, que está vazio, porém não demora muito para ela descobrir que devia ter continuado dirigindo.
A surpresa já começou com isso de Marion não ser a moça boazinha que parece ser, ela também é uma vilã no fim das contas. Mas tenho que assumir que em um primeiro momento o filme me deixou meio cansado, filmes em preto e branco costumam causar esse efeito em mim. Mas continuei prestando atenção, afinal de contas é um clássico né? Eu precisava registrar de forma impecável algo assim, e imaginei que já sabia toda a história da coisa.

Porém logo vi que realmente a narrativa da coisa é bem no estilo de revistas pulp mesmo (embora tenha sido lançado direto em livro). Ou seja, Marion não é bem a protagonista da coisa, mas sim a personagem que serviu como gatilho. E assim o filme muda de pontos de vista, o que é uma técnica que achei bem legal.

Cada um dos personagens tem uma história anterior que o envolve na coisa de uma certa maneira, deixando assim uma baita de uma obra robusta pois você vê que a história não começa realmente com Marion, mas tem uma baita de uma história oculta envolvendo o Hotel Bates eas pequenas histórias de outros personagens.

É um filme de baixo orçamento, mas a forma com que é conduzido foi fantástica! Você nota bem os ângulos de câmera, como são bem trabalhados. É uma verdadeira arte cinematográfica, enganar o telespectador, fazer ele ver as coisas de um ângulo que o faz não realmente estar vendo o que está acontecendo ali.

Também foi ótimo o suspense adicionado, a clássica cena do chuveiro despertou um medo imenso nas pessoas. A ideia de estar completamente indefesas, nuas, não poderem fechar os olhos. Vai saber se a porta não se abre exatamente quando você faz isso e ao abrir tem alguém ali né? Sem contar quem usa cortinas, então imaginem a paranoia que isso não despertou?

E a trilha sonora então? Você pode até não saber que ela é de Psicose, mas com certeza já ouviu. Aquele clássico e estridente "TAN TAN TAN TAN" indicando que o assassino está se aproximando. Se não sabe do que estou falando é só ver o trailer aí embaixo que com certeza vai reconhecer de imediato.

Enfim, é claro que boa parte do impacto é graças a época com aquele suspense imenso e uma reviravolta absurdamente gritante no fim do filme. Quase ninguém conhecia psicose e de repente descobrem um final daquele, não é atoa que o filme explodiu. Mas ainda assim dá pra reconhecer o charme da coisa até hoje. Filme obrigatório para fãs de cultura pop e cinema! Quem quiser adquirir pra coleção dá pra achar por muito barato hoje em dia.

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1 Comentários

  1. Festim Diabólico também é um ótimo filme do Alfred H. um jogo de câmeras muito bom ara época, sem falar que só existe um cenário para o filme inteiro, o suspense é apresentado de uma maneira bem diferente. Vale muito a pena ver!

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