Sabem, depois que eu fiz a matéria sobre "I, pet goat II" fiquei com um pouco de peso na consciência de nunca ter escrito uma matéria especialmente dedicada ao clipe "Do the Evolution" do Pearl Jam, isso porque já citei ele tantas vezes aqui em matérias variadas no blog, no entanto sempre que cito é a matéria sobre A Morte, em que coloquei esse clipe como complemento, mas ele merece uma matéria só dele.
Essa música foi lançada em 3 de fevereiro de 1998, e tanto ela quanto o seu clipe são apresentados em uma harmonia entre si tão perfeita que aquilo conquistou meu coração de imediato. Aliás, talvez esse clipe tenha sido inclusive uma das grandes influências para a minha forma de ver o mundo como citei na matéria do I, pet goat II, talvez seja até mesmo a principal coisa que deu aquele empurrão.
Lembram que na matéria sobre Shadowrun falei do meu fascínio por ambientes urbanos sombrios? Vejo um certo toque de beleza em lugares detonados, poluição e o efeito que a tecnologia pode causar nas coisas. Em como algo pode ser um baita de um símbolo de evolução e exemplo de maravilhas da engenharia, mas ao mesmo tempo pode ter um visual decrépito.
E no clipe de Do the Evolution são mostradas exatamente essas coisas acompanhadas de uma letra com uma melodia tão fantástica que ao mesmo tempo que é agitada, existe um certo toque de tristeza na coisa. E isso sem contar com a letra, como se fosse um humano muito egocêntrico falando sobre o quanto é grandioso e superior a tudo.
O vídeo foi dirigido em conjunto por Kevin Altieri, responsável pelo desenho do Batman dos anos 90 e por Todd McFarlane, nada menos do que o criador do mais que sombrio Spawn. Foram necessários quatro meses para criar o vídeo de quatro minutos e no fim das contas uma equipe de mais de cem artistas para criar as inúmeras cenas.
A letra foi criada com inspiração em um livro de 1992, chamado Ishmael, escrito por Daniel Quinn e que foi lançado no Brasil como "Ismael - Um romance da condição humana". A temática dele é a falsa ilusão que a humanidade tem de ser o centro do universo, o topo de tudo e a obra final da grande criação.
Já as cenas do clipe vão mostrando as coisas evoluindo e a crueldade humana, a alegria com o sofrimento e desinteresse por meio ambiente ou pelo próximo. Diversos problemas sociais aparecem piscando em cenas rápidas uma atrás da outra. Conspiracionistas que colocam tudo como culpa dos illuminati veem esse vídeo como puramente Nova Era. Confira:
Em uma entrevista com o vocalista Eddie Vedder ele disse "Essa música é completamente sobre alguém bêbado com tecnologia, que pensa estar controlando a vida no planeta. É algo falando sobre um outro alguém, não canto como se fosse eu falando".
A banda é conhecida por sua atitude humanitária, então essa música realmente é algo que fala muito sobre diversos problemas em várias áreas da sociedade. Em como a humanidade detona e corrompe tudo sem pensar em consequências ou nada.
Um dos exemplos da banda foi em 20/11/2015 que deram um show no Brasil, e o vocalista fez um discurso sobre o assunto. Ele não fala português, mas leu em português o que queria dizer. O sotaque é fortíssimo e para alguns certamente incompreensível, mas mesmo assim bem legal o esforço. Falou sobre como esperava que os responsáveis pela tragédia de Mariana fossem punidos pelo o que aconteceu. Aqui:
Além disso depois declararam que iriam doar todo o dinheiro adquirido no show para famílias que sofreram com o desastre. Legal pra caramba isso da parte deles né? Deixou uma baita de uma marca, ainda mais o show tendo sido na capital mineira, imagina que fantástico ir ao show de uma banda que você adora e tem essa surpresa? =D
Mas como falei, essa matéria foi feita para dar a devida atenção a esse clipe maravilhoso, sendo assim chegou a hora de falar parte a parte de cada cena dele como não faço aqui no blog há séculos haha, então vamos lá pra uma interpretação da coisa:
Tudo começa mostrando a grandiosidade do universo com um meteoro voando, algo bem antes da humanidade existir, e então um flash rápido de uma célula, uma pequenina forma de vida e algo completamente básico. Acho que eles colocaram esse flash rápido exatamente para dar a sensação de falta de importância e que simplesmente é ignorado.
E assim como a vida aparece de primeira, a morte também aparece já na cena seguinte ,também em um flash muito rápido e com um efeito negativo. Fiquem atentos que é muito falado que essa é uma homenagem à personagem de Neil Gaiman, que já citei o link da matéria ali em cima. Mas ela tem uma personalidade bem diferente, essa sorri constantemente com o caos. Mas o visual é o mesmo.
Aqui é onde a letra começa e o nosso personagem se apresenta já dizendo que está à frente e que é o homem (Em relação à humanidade). Então há mais uma sequencia de flashs apresentando morte e vida, e uma grande multiplicação de células e evolução (que é o grande tema da coisa), até mostrar animais, um consumindo o outro, algo bem simbólico sobre a lei do mais forte sobreviver.
E aí entram os seres terrestres com uma baita forma simbólica também, pois apesar da vida começar na água, não existe respeito. Os caras poderiam ter colocado a cena do tiranossauro já aparecer dando uma bocado igual os outros, mas ao invés disso colocaram ele pisando em cima do tubarão para só depois devorá-lo. Na parte da letra ele fala que é o primeiro mamífero a usar calçar, algo bem fútil e irrelevante em relação à vida, mas que é bem um "Veja como sou melhor, tenho isso!".
Logo depois é mostrado o mesmo tiranossauro atacando um grupo de velociraptors. Certamente colocaram ele comendo outros carnívoros para mostrar que é grandão e poderoso. O topo da cadeia alimentar, no entanto logo depois vem um meteoro do nada e tudo acaba, mostrando a irrelevância de um ser diante da grandiosidade do universo.
Então vem uma nova sequencia, primeiro um pequeno macaquinho tranquilo, e então chega um macaco maior e pisa nele, mas não pra se alimentar, apenas pra rir sem se importar, o mesmo com o homem das cavernas que vem depois, apenas se divertindo com o sofrimento do outro, e por fim um grupo se divertindo com a dor do outro. Essa cena mostra exatamente a mesma coisa da outra, mas de uma forma perversa, não estão se alimentando, mas sim se divertindo. Também é a cena em que ele fala sobre estar em paz com sua luxúria e que pode matar já que acredita em Deus. Algo que vimos muitas e muitas vezes na história.
Logo uma sequencia de sorrisos perversos são mostrados, primeiro o da Morte que deixa claro que o sorriso dos outros simboliza a mesma coisa. Depois o do homem das cavernas, a origem de tudo. Então um cavaleiro templário, visto como tão justo e um símbolo do bem já que faz matança em nome de Deus. Em seu elmo em forma de cruz é possível ver um enorme sorriso. E então a cena muda para uma cruz em chamas, e ao fundo diversos membros do Ku Klux Klan, que para quem não sabe é composto por cristãos.
E então vem a época moderna, já começando também com uma cena de morte. Um engravatado aparece caindo de um dos arranha céus de Nova Iorque(observe o Empire States à esquerda). A pressão da vida moderna é muito bem representada. E a sequencia termina de forma fantástica com uma mancha vermelha que se converte em um beijo da morte.
Então temos a cena do homem das cavernas rasgando sua pele e mostrando um engravatado de óculos escuros e fumando um charuto (Será que Matrix teve alguma inspiração nesse clipe?). Obviamente essa cena mostra a evolução do que era e do que é, mas ao mesmo tempo mostra que os dois são a mesma coisa.
Também é a parte em que ele fala que está em paz, pois é o homem e que está comprando ações no dia da quebra. Isso simboliza muito bem o que o vocalista falou sobre o vício em tecnologia, o como a vida moderna pode parecer um câncer. Pois nos vemos em paz com todas as coisas que nosso mundo tem a oferecer, mas ao mesmo tempo é um estresse imenso, fica aquela coisa, será que estamos mesmo em paz?
A chuva de engravatados novamente apresenta todo o estresse da coisa, observe que na última cena dessa sequencia lá atrás aparece uma plaquinha com o nome de uma rua e ela é Heaven ou em português "Paraíso". Os caras planejaram demais esse clipe, um baita espetáculo a coisa toda.
E novamente uma cena de evolução, mas dessa vez apresentando ferramentas, primeiro uma espada sendo forjada, então um monte de cavalos correndo por uma floresta, para logo serem substituídos por tanques de guerra. Enquanto isso na música a parte sobre o homem ser um trator e aplanar tudo que vê.
Daí vem uma nova sequencia de sofrimento, os nazistas com o símbolo da SS, um campo de concentração, a queima de livros. Na letra "Esse é um comportamento padrão, ISSO É EVOLUÇÃO BABY!". Algo que faz um baita de um contraste com a destruição do conhecimento. Essa parte sobre comportamento padrão mostra bem coisas que nós nos vemos fazer, sabemos que não é legal, mas é tão comum que só ignoramos. É como se fosse alguém dizendo em voz alta o que a humanidade faz mas simplesmente não fala aquilo. Também é mostrada a morte com um capacete de guerra dando uma apontada e uma piscadela como se dissesse "É isso aí!".
A dancinha dos homens da caverna ao redor do fogo em algum tipo de ritual de adoração a algo faz um belo contraste com a quantidade de humanos da cena anterior que também estavam ao redor da fogueira, mas que é a representação de pessoas civilizadas. Sendo assim é como se novamente estivesse mostrando que é tudo a mesma coisa, mas em épocas diferentes.
Agora minha parte favorita! O solo que começa aos 1:05. Lembro que quando eu tinha uns 14 anos eu peguei esse toquezinho e coloquei pro meu windows 98 pra fazer esse som quando o sistema iniciasse, ou será que era quando ele fechava? Não lembro, mas um dos sons do computador era hahaha. Sério, vão dizer que esse solinho não é maravilhoso? Essa cena em si eu acho perfeita, a melodia dessa parte é agitada mas tem um climinha triste ao mesmo tempo. E enquanto isso a morte vai dançando alegremente. Acho que nem tem muitas palavras pra descrever essa cena, ela é mais pra ser sentida mesmo, toda a simbologia da dança da morte, de vez em quando seu rosto aparecendo em forma de crânio, simplesmente fantástico e finalizando com o rosto dela bem perto da tela e logo depois a lâmina de uma guilhotina caindo e uma baleia com muito sangue ferida por um arpão.
Daí novamente a espada sendo forjada e um romano chicoteando uma multidão de escravos, a cena também mostra de longe. Um monte embaixo e os poucos beneficiados por cima. Quando mostra rapidamente a cena de trás das construções é possível ver a quantidade de escravos na parte de baixo e as construções grandiosas na frente, mais contraste. E então na letra "Me admire, admire meu lar, admire meu filho, ele é meu clone". Uma parte que fala sobre o orgulho que as pessoas tem de suas coisas, como gostam de serem vistas por cima, e também sobre a herança pois o filho vai ser exatamente o que o pai for, o mesmo valendo pra pobres.
Logo vem a tensa cena das várias pessoas crucificadas com um céu vermelho, mas que se mostra no fim das contas ser apenas uma caixa. Assim como vemos constantemente, um ato terrível como a crucificação de Cristo e que deveria ser visto de uma forma muito mais intensa, hoje é puramente negócios. Algo presente na sociedade mais para se vender do que passar qualquer mensagem de amor. Deram um belo destaque no sorriso do vendedor ainda.
Então mais uma vez a dança ao redor da fogueira, dessa vez com um povo mais avançado que os homens das cavernas, os índios. Mesmo assim sugerindo mais uma vez que no fim das contas tudo é a mesma coisa.
Na cena logo depois temos novamente um índio, dessa vez armado e por trás dele um cristão mostrando o domínio sobre a coisa. Note que nessa parte é falado "Essa terra é minha, essa terra é livre, eu farei o que quiser irresponsavelmente". Essa frase em especial combina bem com os Estados Unidos e a constante frase "Nós vivemos em um país livre", é comum falarem coisas do tipo "A América é uma terra livre". Mas ao mesmo tempo ele fala "Essa terra é minha", sendo que os índios estavam lá primeiro. Mesmo assim é algo que se reflete para qualquer lugar do mundo, o domínio de novos territórios, guerras, etc... No fim das contas a terra não é de ninguém, todos vivemos no mesmo planeta. O rosto do índio vai se deformando, será algum tipo de referência a um câncer simbólico crescendo? Pois o cabelo dele também vai pro lado como se estivesse começando a cair.
Depois vem uma sequencia extremamente industrial, apresentando diversos operários em uma fábrica de balas gigantescas, engrenagens, vapor. Observe como o som da música acompanha de forma sincronizada quando os caldeirões de aço derretido vira, parece até que é o som dele caindo que está aparecendo hehehe, muito bom! Daí vem novamente um pai e um filho olhando com orgulho pra chaminés soltando fumaça, porém em uma outra era, fazendo lembrar novamente do filho ser o clone. É outro tempo muito distante, mas a situação é a mesma.
Mais uma vez a Morte aparece, dessa vez beijando um clone e em vários flashs aparecendo o negativo da mesma cena. E assim um pasto é mostrado e um monte de prédios surgindo de forma brusca um atrás do outro, se amontoando até um aparecer bem no meio da tela e cobrir praticamente tudo. É o horizonte desaparecendo em meio à cidade grande que vai em todas as direções.
Então é mostrado um homem em uma cadeira elétrica, com uma expressão de pavor e um juiz batendo o martelo durante um julgamento. E assim vem a minha segunda sequencia favorita de cenas, a do militar, do religioso e do político dando palestras. Primeiro aparece o militar com um baita de um míssil atrás, depois o líder religioso e na música "Eu sou um ladrão!", então o político com um número 1 atrás e na música "Eu sou um mentiroso!" e logo depois "Essa é minha igreja e eu canto no coro!" e ele levanta as mãos para uma chuva de fotos e aplausos.
A coisa é muito bem sincronizada nessa parte também, pois assim que ele termina de dizer pra multidão as mentiras, e que canta no coro, é exatamente isso que aparece na música, um coro de igreja. Aliás, que melodia mais linda ein? Eu lembro que quando conheci essa música, eu não entendia essa parte, não ouvia que o coro tava cantando "AAAAAAA leeeeeeee luuuuuu iiiaaaaaa", então quando fui ver a letra e percebi que era isso, caracas foi espetacular, pois a melodia eu já tinha notado que era muito bonita, mas não me parecia que eram dois Aleluias ali.
E aliás, que cena maravilhosa ein? Enquanto os Aleluias vão sendo falados, é mostrado um belo campo com uma garotinha correndo, um ambiente natural, o vento batendo, pétalas de flores voando, um céu azul atrás, ela abre as mãos e gira. E então corre em direção a uma pequena cidadezinha, mas então pisa em um monte que parece ser um formigueiro, mas na verdade ali é um campo minado. Da mesma forma que nós acreditamos em tantas mentiras de políticos. Ao nosso ver o que teremos vai ser um paraíso, liberdade, paz, algo glorioso, mas na verdade o que vem é o caos...
E novamente a parte da música sobre admirar a ele, ao lar e ao filho, mas dessa vez também adicionando que admire as roupas. E enquanto isso o caos da guerra vai sendo apresentado, com pessoas se matando e armas constantemente atirando.
Logo vem a parte da letra sobre o apetite por um banquete noturno, o que certamente tem a ver com os desejos sombrios que cada um tem. E logo um monte de pessoas sendo usadas como comida de cachorro. Cena simbólica para como alguns humanos são simplesmente descartados e usados da forma que outros querem, essa cena está relacionada diretamente com a anterior, a da guerra. Muito provavelmente é também uma cena mais direcionada aos próprios Estados Unidos, note que s cores da lata e do manto são exatamente as cores da bandeira dos Estados Unidos, e as mãos com garras dão a entender que não é uma pessoa que está fazendo isso.
A fogueira mais uma vez é apresentada, no entanto dessa vez com a população moderna, pessoas de casacos, chapéus e bonés, com bebidas na mão (mendigos e drogados pelo jeito). O ritual dos homens das cavernas sendo repetido pela população moderna que se acha tão diferente e especial.
E vem uma pequena sequencia de coisas que constantemente geram polêmicas, violência contra a mulher, o uso de animais como cobaias para a criação de remédios outros produtos, a pena de morte. E mais uma vez a Morte balançando a cabeça animadamente com as coisas acontecendo pelo mundo, para então uma nova sequencia bem rápida, morte, destruição, crianças sem pais, a escravidão.
Nessa cena também aparece pela última vez a dança de adoração a algo ao redor do fogo, mas dessa vez mostrando algo visto claramente como malvado, o Ku Klux Klan, e também simbolizando que a dança não é feita só um grupo, mas por toda a humanidade, todos estamos na mesma dança. Todos vivemos na mesma terra.
Daí vem a parte da música do "Eu estou a frente, eu sou avançado", algo bem claro quanto ao pensamento da humanidade em relação ao resto dos seres vivos. E a cena também foi muito bem aplicada e novamente retorna a aquilo do "Bêbado por tecnologia", e especialmente para a era moderna isso se encaixa ainda mais. Em 1998 a coisa apenas indicava esse caminho, hoje em dia é a realidade, imagina ficar sem smartphone ou PC por um ano?
Então a parte sobre ser o primeiro mamífero a fazer planos e como assume que um dia rastejou, mas que agora tá por cima e 2010 atualmente é passado, mas naquela época era algo mais simbólico. Em entrevista o Eddie Vedder comentou sobre a proximidade do ano 2000 e como aquilo era simbólico, como parecia que estávamos alcançando um grande futuro (O que na real acabou se mostrando verdade), mas que esse grande futuro também acabou deixando claro o quanto cada vez mais parecemos sintéticos. Daí a cena bizarra das crianças nascendo de uma máquina e recebendo um código de barras, o cara usando um óculos futurístico, e uma mulher apanhando com logo depois o vocalista gritando "Essa é a evolução baby!"
Daí temos a cena da cidade destruindo os recursos naturais e consumindo tudo, água, terra, animais. Detonando com tudo ao redor com enormes tentáculos de metal que coletam as coisas ao redor como se fossem comida.
Após isso uma sequencia muito rápida de morte, destruição e sofrimento são apresentados, inclusive um grupo de pessoas com códigos de barra no meio da testa. Aquelas crianças nascidas da tecnologia e usando roupas laranjas como se fossem prisioneiras. No fim das contas é algo referente a nós e como somos escravos desse ambiente todo.
Até que finalmente tudo é destruído, diversas cenas são apresentadas com as coisas explodindo para todo lado, e o nosso planeta é mostrado mais uma vez do lado de fora e por um breve momento aquela célula novamente aparece. É uma forma um tanto poética de terminar a coisa toda, apresentando exatamente como começou e assim mostrando a irrelevância disso tudo para o universo, que no fim das contas somos apenas uma pequena célula em relação a grandiosidade de tudo, e que tudo aquilo sobre sermos especiais, sermos melhores, merecermos algo a mais que qualquer outra coisa não passa de uma mera ilusão.
Ufaaa, terminei! Agora sim tenho uma matéria pra citar de vez em quando hahaha, mas e aí o que vocês acham desse clipe e música? =D
5 Comentários
Cara eu me lembro que meu pai tinha uma fita com essa música eu escutava bastante mas não entendia nada pois era pequeno então não sabia inglês na época e nem tinha acesso ao clipe , mas vendo isso agora pqp, nao sabia que essa musica era tão genial.
ResponderExcluirAlias, Sky você planeja algum dia fazer uma matéria centrada em Sandman?
Sim, mas tem muita coisa que eu arrasto pelos anos, tipo Spawn mesmo, então tenho que esperar o momento que bate aquela vontade imensa pois quero escrever com gosto sobre o assunto.
ResponderExcluirBom Dia Sky.
ResponderExcluirNo primeiro take quando você fala do meteoro e da célula eu não sei se tu notou, se sim, foi mal, mas a célula é um ovulo, quando aparece ela de novo um espermatozoide aparece entrando bem rápido e tudo explode numa luz bem grandiosa, creio que seja pra representas aquela coisa "que se faça luz" Relacionando sempre com de onde viemos, nossa origem, o que nos criou, algo biológico ou de teor sobrenatural, Deus. No final o ovulo aparece também no planeta, creio que pra mostrar que isso também foi o que nos criou, que nos deu tudo, todos os recursos, nascemos aqui, o que também deve ter haver com o termo "Mãe natureza" no planeta...
Outra coisa que eu notei é que na cena da fogueira, quando apresenta um tempo mais moderno, as pessoas com casacos e bebidas na mão, na verdade são realmente bêbados e drogados, dá pra notar isso por causa que o fogo está num daqueles barris de metal, que geralmente vemos nos filmes debaixo de pontes que abrigam mendigos.
Tudo o que eu sabia sobre essa música/clipe, é a parte do piloto esqueleto lá usado no WTF BOOM MUAHAHAHAHHAHAHAHAHA.
ResponderExcluirMaravilhoso, lembra bastante as críticas feitas nas músicas do Pink Floyd no álbum The Wall.
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