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Prisoner of Ice - Um clássico dos jogos de investigação

Finalmente chegou a hora de eu escrever sobre Prisoner of Ice, um jogo que eu sempre quis jogar, mas que estava em uma imensa lista que tenho para jogos que ainda quero jogar um dia. Seu lançamento original foi em 1995, porém o que me deu o grande empurrão para querer jogá-lo mais rápido foi quando li o livro Nas Montanhas da Loucura e durante minha pesquisa sobre informações mais técnicas do livro acabei descobrindo que Prisoner of Ice é um tipo de sequencia do livro.

Mas ao mesmo tempo uma coisa que nem todo mundo sabe, incluindo diversos fãs, é que ele também é a sequencia de um outro jogo da mesma empresa, o Shadow of the Comet, porém a história é completamente fechada e tem foco em um outro personagem, tendo citações dos acontecimentos do primeiro e inclusive o protagonistas, mas não deixando claro que o jogador pode jogar a história contada.


O jogo foi lançado em 1995, dois anos após o anterior e sua arte é bastante diferente, além da própria atmosfera, que embora conte algo do mesmo universo e que certamente foi escrito pelos mesmos roteiristas, tem um clima muito mais suave que o primeiro jogo. O clima é mais movimentado, certamente um dos detalhes que tenha feito ele ser mais aclamado, além das novas tecnologias.

A história se passa durante a segunda guerra mundial e começa em um submarino com duas cargas que ninguém sabe o que tem dentro, mas a ordem é que as mantenha congeladas. Você assume o controle do tenente Ryan, um homem que foi criado em um orfanato e nunca teve nenhum parente. A missão parece muito padrão, até que finalmente algo acontece e de uma das cargas sai uma criatura que passa a atacar todos.

A proposta inicial é fantástica pra caramba, cheia de mistério e tudo mais. No entanto após zerar Shadow of the Comet, você nota bem que a trama se desenvolve de uma forma muito bobinha. Eu sinceramente esperava muito mais da elaboração da história, especialmente sendo algo baseado no trabalho de H.P. Lovecraft é de se esperar uma seriedade muito grande.

Mas apesar de tudo é como se fosse um jogo que foi feito na tentativa de atingir um grupo de jovens adolescentes. Existem mensagens educativas como "Não fume, isso faz mal!", e um desenvolvimento com personagens que reagem de forma muito conformada com as situações. Por exemplo quando falam que tem um monstro, boa parte dos personagens age super normal, bem no estilo "Oh não, o que vamos fazer?", não há um tentativa muito forte de mostrar que os personagens estão descrentes.

Diferente de Shadow of the Comet, que é super sombrio do começo ao fim, a história desse envelheceu, pois tem elementos muito fortes da época, algo que envolve índios, viagens no tempo, deuses, armas laser, explosões, e mais uma penca de misturebas. Você vai se sentir dentro do clipe Knights of Cydonia. Não é uma história pra se levar a sério, parece um filme trash.

Mas apesar de tudo o jogo também tem suas vantagens em relação ao Shadow of the Comet, são os controles que agora são point and click e não apenas algo controlado pelas setas, o que era horrível no jogo anterior, agora não tem mais o perigo de ficar preso em um lugar e ter que voltar pra dar a volta, uma coisa que era frustrante.

Os gráficos do jogo também são superiores, para a época atual não são mais bonitos que o Shadow of the Comet, pois temos uma adoração pelo pixelizado, mas pra época que foi lançado, o pixelizado era o padrão, então o visual dele sem dúvidas é bem superior, os personagens eram pré-renderizados em 3D, em um ambiente 2D, além disso constantemente se tinham apresentações em 3D. Sendo assim pra época era algo muito mais bonito, no entanto atualmente o anterior realmente tem um charme muito maior, completamente em 2D, pixelizado e com animações também em 2D e não um 3D que envelheceu pra caramba.
O tamanho do jogo é minúsculo, em pouco mais de uma hora pode ser zerado se você souber o que fazer, por outro lado ele pode ficar enorme por um motivo bem frustrante, a dificuldade absurda dos puzzles. Os caras colocaram coisinhas de pouquíssimos pixels no cenários e as vezes você tem até mesmo que adivinhar que em um certo ponto é possível interação. Então imagina a raiva de ter que descobrir que um lugar vazio era algo?

Enfim, Prisoner of Ice tem seus momentos, o jogo já vem com legendas em português, mas a versão clássica tem dublagem (pode ser baixada), tanto a em inglês quanto em português são mais do que trash e podem gerar boas gargalhadas. Eu pensava que o jogo fosse melhor, ele é legal como jogo antigo, mas tratando-se de um clássico eu não imaginava que iria envelhecer tanto. Quem se interessar pode pegar ele na steam.

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2 Comentários

  1. Eu nunca consegui acabar, hehehe...
    Não sabia inglês na época que tinha o jogo, e não conseguia nem sair do submarino. Era uma época diferente da história da cultura da sociedade gamer brasileira...
    Mas mesmo não entendendo porra nenhuma, esse jogo me passava uma atmosfera muito gostosa, e eu adorava perambular por aquele submarino e morrer para aqueles tentáculos (ui...).

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  2. Que esquisito sua versão ser em inglês uahahaha. Mas na real o jogo é difícil pra cacete, sinceramente é absurdo o nível de alguns puzzles, fiquei frustrado demais ao perceber que em determinados pontos eu precisava posicionar o mouse no canto e mover em pedacinho por pedacinho da tela até achar alguma coisa e isso ser em algum lugar praticamente impossível de se achar. è___é !!!!!!!!!!

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