Pois é pessoal, e aqui estou eu para finalmente escrever sobre o final de Star Craft, e caramba eu realmente não esperava que fosse algo que iria partir meu coração. Fazia tanto tempo que eu não tinha aquela sensação de perda ao se terminar algo, pra falar a verdade eu tinha até esquecido dela, sendo assim eu simplesmente não estava preparado para o fim e não tinha me tocado, até o último momento quando vi que realmente acabou. Então é hora de falar sobre o jogo em que o foco são os Protoss, a raça favorita dos fãs de alienígenas, mostrando seres superiores em vários níveis.
Eu não sei dizer, mas tenho quase certeza absoluta que o primeiro Starcraft foi o primeiro jogo a me causar a sensação de surpresa em relação a história. Eu não sabia inglês na época então simplesmente não acompanhava histórias de jogos se elas não fosse óbvias nas apresentações. Mas Starcraft era um jogo com uma história adulta envolvendo política e guerra e era dublado, o que me permitiu acompanhar direitinho a história da coisa.
Sendo assim acredito que esse tenha sido o primeiro jogo que me fez tomar um susto com uma reviravolta, ficar surpreso com a série de acontecimentos indo até um certo ponto e de repente BAM, a coisa virava de ponta a cabeça e apresentava uma baita de uma surpresa. Tudo super movimentado com os personagens falando em português, aquilo era demais.
E os gráficos então? Hoje em dia aquilo pode não ser nada demais para muitos, mas mesmo assim acho que a pessoa tem que olhar com um certo descuidado ou simplesmente não entender bem de jogos pra achar mal feito. Isso porque se você comparar com os gráficos de alguns jogos indie hoje em dia por exemplo, existe um monte que fica pra trás, e sim eu sei que a Blizzard não era indie, é só pra mostrar que mesmo o jogo sendo de 1998 poderia fazer bonito no cenário indie atual.
Cada estrutura parece ter sido modelada em 3D, posicionada em uma câmera isométrica e então uma foto foi tirada pra usarem como gráfico pré-renderizado (2D com cara de 3D). Já as unidades que se movem aparentemente o mesmo foi feito, mas em nove posições diferentes para assim mostrar uma rotação completa. O gráfico daquela coisa era lindo demais.
Mas o jogo conseguiu definitivamente se mostrar épico com o fato dele se recusar a morrer com o passar dos anos, ele simplesmente continuava a ser jogado em torneios grandes no multiplayer. O povo via novos jogos de estratégia surgindo e morrendo, e mesmo assim continuavam jogando sem parar.
E em 2010 pudemos ver sendo lançado StarCraft 2 Wings of Liberty, aquilo foi uma super produção, a Blizzard realmente botou pra estrondar com o negócio. O foco no fato de ser dublado e até com sincronia labial e adaptação dos textos que apareciam dentro do jogo trouxe o Brasil para uma nova era, foi esse o jogo que deu o grande empurrão na dublagem de jogos nacionais.
Sim já existiam jogos dublados, mas era algo super aleatório, só que depois desse as empresas não pararam de lançar e hoje em dia é normal todo jogo AAA ser dublado, mas naquela época Starcraft ser lançado de fábrica e não como o primeiro que a dublagem foi da distribuidora era algo surreal.
Sim já existiam jogos dublados, mas era algo super aleatório, só que depois desse as empresas não pararam de lançar e hoje em dia é normal todo jogo AAA ser dublado, mas naquela época Starcraft ser lançado de fábrica e não como o primeiro que a dublagem foi da distribuidora era algo surreal.
Em 2013 veio então StarCraft 2 - Heart of the Swarm, e eu sinceramente não esperava que conseguisse superar a primeira campanha. Pra quem não sabe cada um dos jogos é focado em uma das raças, o primeiro foram os Terranos e o segundo os Zergs, que é minha raça favorita e sempre acabo guardando um carinho maior pra coisas relacionadas a eles.
Mas a sensação daquele primeiro jogo, de cowboys espaciais, viver em uma nave com bar e gente perigosa pra serem contratadas. Aquilo era demais! Não tinha como os Zergs baterem, e não é que acabou se tornando o meu jogo favorito da trilogia? Épico do começo ao fim! Aquilo superou minhas expectativas absurdamente.
Mas a sensação daquele primeiro jogo, de cowboys espaciais, viver em uma nave com bar e gente perigosa pra serem contratadas. Aquilo era demais! Não tinha como os Zergs baterem, e não é que acabou se tornando o meu jogo favorito da trilogia? Épico do começo ao fim! Aquilo superou minhas expectativas absurdamente.
Até que veio o Legacy of the Void, que não é meu favorito mas foi o único que conseguiu me partir o coração. Realmente um jogo que tem tudo a ver com a sua proposta. Enquanto os Terranos tem foco na tecnologia com tudo envolvendo máquinas e invenções novas, os Zergs tem a ver com biologia envolvendo evolução, muita carne e transformação, adaptação do corpo e etc. Já os Protoss apresenta o lado espiritual da coisa, é algo muito mais intenso, relacionado a sentimentos, a crenças e adoração de deuses. Então o fato dele ser o único que achei completamente tocante acabou por ser um elemento perfeito para o jogo.
A história apresenta a raça dos Protoss à beira da extinção, o seu planeta natal Aiur foi invadido pelo enxame de Zergs e passaram a viver ali. Simultaneamente um antigo mal está para despertar, uma criatura vinda do vazio chamada Amon, capaz de influenciar as mentes das criaturas de nosso universo e os tornarem seguidores insanos.
Ele quer destruir tudo, os Protoss são os primeiros a levarem isso a sério, pois acreditam em sua existência e passam a tentar impedir que aconteça, mas para isso partem em uma jornada que envolve profecias e lendas que há muito tempo se mostraram sem muita credibilidade.
Ele quer destruir tudo, os Protoss são os primeiros a levarem isso a sério, pois acreditam em sua existência e passam a tentar impedir que aconteça, mas para isso partem em uma jornada que envolve profecias e lendas que há muito tempo se mostraram sem muita credibilidade.
Esse jogo é simplesmente fantástico! Ele consegue mexer com você, tudo se passa em uma nave ancestral, porém muito tecnológica deixada por membros da raça Protoss de uma outra era. O nome dessa nave é A Lança de Adun, e assim como os jogos anteriores da saga tem várias áreas que você deve visitar, conversar com personagens, elaborar seus planos melhorando tecnologias e direcionando recursos para o que quer dar prioridade, além de conversar com os membros da tropa.
Eu fiquei impressionado em como a blizzard conseguiu transmitir tão bem a sensação de você estar ali junto a eles. Cada alegria e decepção é passada de uma forma tão intensa que te faz sentir alegria e tristeza junto aos acontecimentos.
E isso fica ainda mais incrível porque é a história de um povo desesperado, quase extinto, eles sabem que estão a um passo de acabar, então aquela frota de naves é o que restou da raça, procurando um lar. É uma sensação meio semelhante a de Battlestar Galactica.
E isso fica ainda mais incrível porque é a história de um povo desesperado, quase extinto, eles sabem que estão a um passo de acabar, então aquela frota de naves é o que restou da raça, procurando um lar. É uma sensação meio semelhante a de Battlestar Galactica.
Sendo assim fazer um plano para algo e tudo parecer perfeito te deixa empolgado pra caramba, já pensando no que vai acontecer depois que você cumprir aquele objetivo. Mas então de repente toda aquela expectativa vai pro ralo quando vem uma baita de uma decepção e o plano dá errado. As perdas e sensação de desespero é muito constante. Você sente uma baita de uma pena dos Protoss indo atrás de coisas que são consideradas meras fábulas. Assim como as alegrias dão uma empolgação nova à coisa.
Uma das coisas legais da sua nave ser a Lança de Adun é o fato de que ela pode dar auxílio terrestre, então enquanto você tiver na nave, pode configurar ela pra dar suporte. São coisas como soltar um raio poderoso em um determinado ponto, enviar cristais que permitem criar novas unidades, congelar todos os inimigos por um determinado tempo e assim vai.
Mas essas utilidades tem um custo em energia, assim como demoram um tempo para carregar de novo, portanto é preciso usar de forma moderada além de economizar para ter energia em momentos certos, como por exemplo guardar para um determinado ataque. Mas para equipar determinadas coisas você também precisa de um custo na nave, um minério chamado Solarita, e ele só pode ser conseguido ao se cumprir missões alternativas, sendo assim nas missões você pode ir direto ao ponto, ou fazer objetivos extras para conseguir solarita.
Também foi adicionado ao jogo algo inédito que une tanto os jogadores do multiplayer quanto os jogadores do singleplayer e ainda dá à blizzard a liberdade de lançar conteúdo novo pra galera singleplayer sem precisar ser uma nova expansão. É o modo cooperativo! Neles há missões extras, mas elas tem foco no trabalho em equipe, sendo assim não é como o típico multiplayer versus, mas algo que abre um novo leque de possibilidades.
Agora um pouco fora do assunto em si, galera sério, se puderem leiam Nas Montanhas da Loucura e leiam ou assistam O chamado de Cthulhu, pois esse jogo é completamente lovecraftiano e em especial essas duas obras parecem ter sido uma baita de uma inspiração. Sério, muitas vezes a coisa pareceu um prólogo de Nas Montanhas da Loucura e o quanto Amon parece em tudo com a forma que Cthulhu despertará e no resultado disso é impressionante.
Enfim pessoal, bom demais! Gosta de uma boa história ou sempre quis jogar Starcraft com um amigo em missões coop? Legacy of the Void trás o que você está precisando, definitivamente recomendo esse jogo maravilhoso e que me deu uma baita de uma saudade assim que acabei. É difícil ver jogos que fecham a coisa de uma forma difícil de se ter continuação e que fazem você pensar "Se rolar sequencia, vai ser com outros personagens". Vale a pena dar uma conferida no site da G2A pra ver o preço que está lá, pois muitas vezes eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida no preço que tá lá, clicando aqui.
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