Como já falei aqui, a primeira vez que vi Overwatch, não me encantou muito, parecia demais que toda a mecânica de Team Fortress 2 seria simplesmente copiada e em algo que não me pareceu tão "brilhante", por ser um jogo futurístico e sempre que vejo coisas no futuro, sei que é preciso ter um baita de um cuidado para não se parecer esculachado demais o negócio onde se inventa um monte de elementos aleatórios e sem noção e se joga de qualquer jeito.
Porém cada vez mais vi o empenho da Blizzard em não deixá-lo mais atraente para o público em geral. Quando vi o curta metragem em forma de animação e ainda dublado, foi como acordar e perceber que não era qualquer empresa que estava fazendo o jogo, mas sim a Blizzard, e aí sim fiquei mais atento para o que estava para vir.
É claro, um curta não era o suficiente e além do mais a Valve já tinha lançado muitos anos antes a fabulosa série Meet the, que deixou os fãs loucos pelo próximo episódio. Mesmo assim depois disso, a Blizzard começou a lançar uma coisa atrás da outra mais interessante, e entre elas estava um detalhe atraente voltado mais especificamente para o mercado brasileiro, um personagem brasileiro!
Assuma vai, você no mínimo fica curioso ao descobrir que tem um personagem "nacional" dentro de um jogo, ainda mais quando se trata de uma franquia de peso bancada por uma grande empresa. E eu achei bem legal mas claro, no fim das contas, isso não muda nada de verdade. Porém é interessante fazer essas divisões regionais, pois pessoas de vários países criam uma afinidade maior por determinados personagens.
Lúcio Correia dos Santos é o nome completo do personagem brasileiro e já começa bem pelo nome. Isso porque é muito comum ver personagens brasileiros com nomes ou sobrenomes americanos. Mas esse aqui usa até acento no nome, o que é algo que pode complicar, pois o teclado americano não tem "ú" só tem "u".
Sei que é um pequeno detalhe que pode não ser nem notado, mas vamos supor que o nome do personagem fosse "Sean Matsuda", por mais que ele fosse brasileiro e que tivesse uma explicação do tipo "Seus pais eram japoneses", aquela emoção de algo nacional fica um tanto deformada. E é muito comum rolar isso, o que faz parecer que não existe pesquisa na maioria das empresas, apenas dizem "É do Brasil".
O personagem nasceu no Rio de Janeiro e tem 26 anos, é um DJ e usa música para dar suporte a outros personagens. Ele pode curar, aumentar a velocidade, gerar uma barreira de som, e lançar ondas que empurram personagens para longe. Ele ainda se move muito rapidamente com seus patins e pode patinar pelas paredes, sendo bem ágil. O texto oficial de história que foi feito pela blizzard é esse:
"Lúcio é uma celebridade internacional que inspira a mudança social através de suas músicas e ações.
Lúcio Correia dos Santos cresceu no Rio de Janeiro, em uma favela pobre e super populosa, que sofreu muito com o revés financeiro após a Crise Ômnica. Com o Brasil iniciando o longo processo de recuperação, ele quis encontrar uma forma de avivar os espíritos daqueles a seu redor. Ele encontrou o que procurava na música e no poder que ela tem de aproximar as pessoas, ajudando-as até mesmo a esquecer seus problemas, mesmo que apenas por um momento. Ele se apresentava nas ruas, em festas na comunidade, e quando foi ficando mais velho, em uma série de shows lendários da cena underground.
Mas a comunidade unida de Lúcio se transformou em um caos quando a Corporação Vishkar, uma multinacional, assinou um contrato para reconstruir grandes porções da cidade. Foi dito a Lúcio e seus vizinhos que o desenvolvimento melhoraria suas vidas. Mas essa promessa nunca virou realidade. A Vishkar impôs um controle a seus residentes sob a alegação de construir uma sociedade com mais ordem: colocando toques de recolher, atacando comportamentos que a companhia via como imorais e explorando a população como força de trabalho barata.
Lúcio não podia aceitar isso. Ele roubou a tecnologia sônica da Vishkar que havia sido usada para oprimir a população e converteu em uma ferramenta para motivá-los à ação. Com uma revolta popular, eles expulsaram a Vishkar de suas vizinhanças. A liderança de Lúcio o transformou da noite para o dia em celebridade e um símbolo de mudança social positiva. Sua música teve uma explosão de popularidade. Antes ele se apresentava localmente, agora ele enchia as arenas ao redor do mundo.
Com sua nova fama, Lúcio percebeu que tinha a oportunidade de fazer a diferença e mudar o mundo para melhor."
E nesse vídeo aqui é mostrado com textos em português os detalhes sobre a forma do personagem agir:
Tem algumas pessoas reclamando que ele é negro e nasceu na favela, que ele poderia ser branco e que nunca veem brasileiros como brancos e bla bla bla... Mas convenhamos, no fim das contas isso importa de verdade? Sim, existe o racismo e tudo mais, e muita gente menospreza negros. Mas ok, vamos supor que colocassem ele como um loiro de olhos azuis que nasceu em uma zona nobre de alguma cidade do sul e tivesse um sobrenome gringo chique.
Legal pra caramba né? Mas isso realmente nos simbolizaria? Uahahahaha, qual é né!? Você pode até viver em uma área nobre onde não seja comum pessoas que nasceram na favela e todo mundo pareça italiano, mas você realmente acha que esse seu meio simbolizaria bem o nosso país inteiro? Se você viajasse por ele seria mais fácil achar alguém como gente do seu meio ou um Lúcio Correia dos Santos da vida?
Uma das coisas legais de se ver quando tem ligação a nosso país em obras é exatamente o estereótipo, até porque ninguém reclama quando se pensa em um mexicano e já se imagina um baixinho com uma corneta e um sombrero (aquele chapéu gigante) na cabeça, e os mexicanos poderiam dizer "Mas nós temos loiros dos olhos azuis com sobrenome "Paganelli".
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