Era
para ser um simples passeio na montanha, um fatídico passeio, mas
aquele maldito caipira tinha que aparecer, e aquela coruja. Meu deus, a
coruja! Não lembro exatamente quanto tempo faz que estou aqui, meses,
talvez anos, não sei, nem lembro quando isso começou. Mas lembro muito
bem como começou. Eu estava fazendo uma trilha na montanha quando me
perdi, em meu desespero consegui
encontrar uma casa de madeira. Bati na porta e um homem atendeu,
expliquei minha situação esperando algum tipo de acolhimento, mas ao
invés disso ele abriu um sorriso maligno e subitamente gritou:
- Clotildis, pegua as arma, amo! Nois vai te caçada hoje! – Depois virou para mim e falou “ Mio ocê corre”. Falando isso entrou correndo, fiquei perplexo, até eles dispararem o tiro de aviso, Sai correndo em direção a mata, corri desesperadamente por horas, muitas foram as vezes em que cai no chão e até torci o tornozelo, apesar de eles sempre ficarem na minha cola, consegui manter uma distância segura até anoitecer, quando anoiteceu eu tropecei e cai novamente, porém desta vez minha perna tinha se quebrado. O meu fêmur esquerdo saia pela minha cocha, a dor era lancinante, não demorou muito e os caipiras me alcançaram, praguejei enquanto tentava estancar o sangue em minha perna.
- Essa caçada foi a mio di toda, num foi Clotildis?
- Foi sim Cretus, agora atira nele, tô morrendo di fome!
Era meu fim, pelo menos era o que eu pensava. Houve um clarão, e de dentro do clarão surgiu uma coruja branca com olhos negros como piche, ela soltou um grito e os caipiras começaram a derreter em gritos aterrorizantes, depois de feito ela pousou em uma árvore e virou o rosto para mim.
- Você me salvou. Obrigado.
- Eu não te salvei, só os matei. – disse ela com uma voz tenebrosa – Você nunca sairá da minha montanha.
Agora tento desesperadamente que sair desse inferno, porém essa voz fica ecoando na minha cabeça : VOCÊ NUNCA SAIRÁ DA MONTANHA!
Autor: Felipe Gund
- Clotildis, pegua as arma, amo! Nois vai te caçada hoje! – Depois virou para mim e falou “ Mio ocê corre”. Falando isso entrou correndo, fiquei perplexo, até eles dispararem o tiro de aviso, Sai correndo em direção a mata, corri desesperadamente por horas, muitas foram as vezes em que cai no chão e até torci o tornozelo, apesar de eles sempre ficarem na minha cola, consegui manter uma distância segura até anoitecer, quando anoiteceu eu tropecei e cai novamente, porém desta vez minha perna tinha se quebrado. O meu fêmur esquerdo saia pela minha cocha, a dor era lancinante, não demorou muito e os caipiras me alcançaram, praguejei enquanto tentava estancar o sangue em minha perna.
- Essa caçada foi a mio di toda, num foi Clotildis?
- Foi sim Cretus, agora atira nele, tô morrendo di fome!
Era meu fim, pelo menos era o que eu pensava. Houve um clarão, e de dentro do clarão surgiu uma coruja branca com olhos negros como piche, ela soltou um grito e os caipiras começaram a derreter em gritos aterrorizantes, depois de feito ela pousou em uma árvore e virou o rosto para mim.
- Você me salvou. Obrigado.
- Eu não te salvei, só os matei. – disse ela com uma voz tenebrosa – Você nunca sairá da minha montanha.
Agora tento desesperadamente que sair desse inferno, porém essa voz fica ecoando na minha cabeça : VOCÊ NUNCA SAIRÁ DA MONTANHA!
Autor: Felipe Gund
Esse é um dos contos que concorreu no concurso de contos de terror do blog
3 Comentários
Conto bem simples e curto, falta algo, mas não sei o que. ..
ResponderExcluireu moro em zona rural e posso afirmar que isso e normal,sempre acontece comigo!
ResponderExcluirEsperava mais suspense,uma ideia,uma coisa memorável,mas ficou bom porem meio clichê
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