Daniel
estava voltando para casa, após um dia no hospital por conta de seu
ferimento em um acidente de carro que ele mesmo causou.
De repente apareceu um garoto de cabeça baixa em sua frente, ele não sabia como o garoto chegou ali, foi do nada.
– Oi? – Daniel perguntou. O que um garoto tão pequeno estaria fazendo sozinho essa hora?
Eram 10 horas da noite, e ali era um beco, escuro e sombrio.
– Por que você fez isso? – O garoto perguntou.
– Eu fiz o que? Onde estão seus pais?
A criança levantou a cabeça olhando para ele. Daniel caiu para trás com o susto.
Os olhos de Daniel fixaram a aparência do garoto. Seu rosto estava todo cortado, e sua cabeça mantinha uma abertura que deixava metade dela exposta. Ela era a criança que estava no outro carro.
– Meus pais? – Ele perguntou. – Você não lembra? Você os matou.
– Você está morto. – Daniel fechou os olhos e abriu repetidamente, mas a cada hora que abria levava um choque de realidade.
– Por que você fez isso? – Ele perguntou novamente.
– Me desculpe. – Daniel falou. – Eu estava bêbado. Eu não vi o carro de vocês. Faça a passagem em paz.
– Em paz? Meu coração ainda está batendo, veja.
Ele colocou as duas mãos em seu peito coberto por uma blusa branca do homem de ferro, que estava toda cheia de sangue. Rasgou a blusa e começou a arrancar a pele, rasgando seu próprio peito como se fosse a blusa que ele havia rasgado a pouco. Seus órgãos ficaram expostos. Ele puxou o coração para fora e colocou na mão, enquanto ele pulsava. O sangue corria pelo garoto todo.
Daniel estava assustado. Se levantou e correu para o lado ao contrário, mas onde ele ia o garoto estava um pouco a frente escorado e perguntando por que ele fez isso.
– Me deixa em paz. – Daniel gritou.
– Meu coração. – O garoto estendeu a mão onde segurava o coração para ele. – Ainda bate.
– Você está morto. – Daniel gritou novamente.
O garoto estava mesmo morto?
– Ainda pulsa. – O garoto repetiu e começou andar com o coração na mão pelas ruas frias, enquanto saia sangue de seu peito descontrolavelmente, caindo pelo chão.
Os olhos de Daniel estavam aterrorizados. Ele começou a pensar no que o garoto falava, e se lembrou que nem tinha se quer visto como os outros do outro carro estavam.
Ele correu de volta ao hospital e procurou pelo médico.
– O garoto do acidente de hoje. Onde ele está? – Perguntou.
– Ele está na UTI.
– O coração ainda pulsa?
– Sim, mas ele não vai sobreviver, eu sinto muito.
– Por que? – Daniel perguntou.
– Ele “ainda” pulsa. – O médico falou e saiu andando pelo corredor.
Daniel se tocou no que ele quis dizer e pediu para que fizesse exames, ele queria ser o doador.
Positivo.
Autora: Deborah Costa
De repente apareceu um garoto de cabeça baixa em sua frente, ele não sabia como o garoto chegou ali, foi do nada.
– Oi? – Daniel perguntou. O que um garoto tão pequeno estaria fazendo sozinho essa hora?
Eram 10 horas da noite, e ali era um beco, escuro e sombrio.
– Por que você fez isso? – O garoto perguntou.
– Eu fiz o que? Onde estão seus pais?
A criança levantou a cabeça olhando para ele. Daniel caiu para trás com o susto.
Os olhos de Daniel fixaram a aparência do garoto. Seu rosto estava todo cortado, e sua cabeça mantinha uma abertura que deixava metade dela exposta. Ela era a criança que estava no outro carro.
– Meus pais? – Ele perguntou. – Você não lembra? Você os matou.
– Você está morto. – Daniel fechou os olhos e abriu repetidamente, mas a cada hora que abria levava um choque de realidade.
– Por que você fez isso? – Ele perguntou novamente.
– Me desculpe. – Daniel falou. – Eu estava bêbado. Eu não vi o carro de vocês. Faça a passagem em paz.
– Em paz? Meu coração ainda está batendo, veja.
Ele colocou as duas mãos em seu peito coberto por uma blusa branca do homem de ferro, que estava toda cheia de sangue. Rasgou a blusa e começou a arrancar a pele, rasgando seu próprio peito como se fosse a blusa que ele havia rasgado a pouco. Seus órgãos ficaram expostos. Ele puxou o coração para fora e colocou na mão, enquanto ele pulsava. O sangue corria pelo garoto todo.
Daniel estava assustado. Se levantou e correu para o lado ao contrário, mas onde ele ia o garoto estava um pouco a frente escorado e perguntando por que ele fez isso.
– Me deixa em paz. – Daniel gritou.
– Meu coração. – O garoto estendeu a mão onde segurava o coração para ele. – Ainda bate.
– Você está morto. – Daniel gritou novamente.
O garoto estava mesmo morto?
– Ainda pulsa. – O garoto repetiu e começou andar com o coração na mão pelas ruas frias, enquanto saia sangue de seu peito descontrolavelmente, caindo pelo chão.
Os olhos de Daniel estavam aterrorizados. Ele começou a pensar no que o garoto falava, e se lembrou que nem tinha se quer visto como os outros do outro carro estavam.
Ele correu de volta ao hospital e procurou pelo médico.
– O garoto do acidente de hoje. Onde ele está? – Perguntou.
– Ele está na UTI.
– O coração ainda pulsa?
– Sim, mas ele não vai sobreviver, eu sinto muito.
– Por que? – Daniel perguntou.
– Ele “ainda” pulsa. – O médico falou e saiu andando pelo corredor.
Daniel se tocou no que ele quis dizer e pediu para que fizesse exames, ele queria ser o doador.
Positivo.
Autora: Deborah Costa
Ela é a autora do livro [Pulsos], publicado no Wattpad, se gostaram do conto, não deixem de conferir o livro.
Esse é um dos contos que concorreu no concurso de contos de terror do blog.
1 Comentários
Muito boa a história!
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