Houve uma época em que os jogos de terror que realmente conseguiam assustar estavam em falta, o que gerou muita revolta de várias pessoas. Isso aconteceu porque muitos ficaram acostumados com a era do primeiro Resident Evil e Alone in the Dark The New Nightmare, onde o terror havia um certo nível, até que começaram a surgir jogos sombrios, mas sem algo realmente assustador, em algumas declarações, vimos empresas falando que aquilo era pra atrair maior público, pois jogos com clima muito pesados, embora gerassem uma personalidade própria, espantava pessoas que queriam jogar, mas tinham medo. Com o crescimento de desenvolvedoras indie, esse problema acabou, levando o terror a outro nível, e hoje temos muitas opções de jogos que estão um nível acima do que é fazer ter medo, não se preocupando nem um pouco com a pessoa ter um ataque cardíaco, e Hektor é exatamente esse tipo de obra.
A trama se passa no norte da Groelândia, em um centro de pesquisa abandonado e enterrado profundamente, e você assume o papel de um dos pacientes do lugar, e serviu como cobaia, sendo torturado e preso por vários anos, até que consegue escapar do lugar e passa a vagar pelos corredores, porém sem entender onde está, se perdendo constantemente e ouvindo sons macabros, além das bizarras aparições de criaturas estranhas.
Esse jogo usa a mesma técnica apresentada no jogo "Where am I?", porém visivelmente de uma forma bem mais avançada, com um clima mais pesado e gráficos melhores trabalhados. E assim você sai pelo centro de pesquisa, mas os corredores do lugar podem mudar assim que você vira de costas pra eles, ou seja, o jogo já começa interessante por esse detalhes. É bem incrível andar até um lugar e ver que é um corredor sem saída, e assim que você se vira, descobre que aquele lugar que você acabou de passar já não é o mesmo, dando uma sensação naturalmente claustrofóbica por você não saber onde é a saída.
E então tem as criaturas que surgem do nada e te deixam desesperado na hora de fugir, especialmente porque você não sabe pra onde está indo e não pode se apoiar na ideia de que basta se esconder em lugares que você acabou de ver, pois eles podem não estar mais ali em apenas um segundo. É preciso também procurar remédios que precisam ser tomadas de tempos em tempos, ou o mundo ao seu redor vai começar a se distorcer e a psicose vai tomando conta.
Graficamente o jogo é interessante, bastante sombrio, um visual bonito, apesar de não chegar a surpreender tanto, mas que no final das contas pode ser considerado como decente, cumpre o que deve e não creio que há como julgá-lo feio.
Enfim, Hektor é aquele tipo de jogo na pegada de Outlast e Among the Sleep, te colocando como um personagem frágil e perdido, andando por um lugar e se sentindo indefeso o tempo todo, para quem gosta de terror bastante apelativo, certamente vai adorar. Quem se interessar é só dar uma conferida no site oficial do jogo.
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