O filme Os doze Macacos é sem dúvida uma obra que conseguiu chamar a atenção, atingindo um nível de clássico da ficção científica. Sendo assim é o tipo de filme que se torna um tanto intocável e que gera muitas reclamações de alguns se ameaçar ser alterado de alguma maneira, por outro lado é também algo que outros anseiam por mais. E assim vinte anos após o lançamento do filme, foi lançada a série 12 Monkeys, que naturalmente acabou sendo um reboot da obra original, algo que muitos podem dizer que é desnecessário, mas levando em conta que o mundo acaba em 1996, geraria muito falatório, sendo assim o filme ficou desatualizado, e o seriado teve que se virar em diversos aspectos, além de aprofundar alguns elementos.
A história começa em 2013 e apresenta um homem chamado James Cole, que sequestra a Dr. Cassandra Railly e a explica que em 2017, um vírus mortal irá matar quase todas as pessoas da terra, por isso ele foi enviado do futuro para localizar o homem responsável por isso e assim mudar a linha do tempo. Naturalmente a doutora o acha louco, mas não demora em ficar confusa quando Cole diz para ela encontrá-lo dois anos no futuro em um hotel e desaparece diante de seus olhos.
Esse é um seriado estiloso de ficção científica, sem aquela sensação de teatrinho que algumas séries passam, aqui a história é continua e cada vez mais você percebe que está se desenvolvendo. É muito boa a sensação de mistério que é constante e como o toque investigativo vai também satisfazendo o telespectador, pois apesar de não ter o "inimigo do dia" em cada episódio, tem missões que apresentam alguma conclusão, ao mesmo tempo que são essenciais para o que vem a seguir.
Eu sou apaixonado por histórias de viagens do tempo, e com o passar dos anos, comecei a ser um pouco mais crítico, e esse é um dos casos. Não existem múltiplas linhas temporais nessa história, mas apenas uma, sendo assim aqui se você alterar algo no passado, o futuro muda automaticamente, o que não é algo que me agrada tanto levando em consideração o objetivo dos personagens, que é mudar o presente (2043), mas essa ideia me parece meio tosca, afinal de contas todo mundo vai deixar de existir se o passado for alterado, ou seja, é como se todos estivessem cometendo suicídio, e não melhorando a vida deles, me parece algo tão "em vão", ou talvez puro amor pela humanidade e o desejo de ver outros ficarem felizes, mesmo assim é bem esquisito.
O toque de ficção científica é muito bom, e é legal perceber que algumas vezes você não tem a mínima ideia de como certas coisas acontecem, a história não se passa puramente em 2015, mas sim em vários momentos do passado, e assim o personagem vai tentando localizar o que é que pode ser modificado para que o futuro seja alterado, e diversos anos e lugares da terra são apresentados, o que deixa a série ainda mais robusta.
Enfim, se você sempre quis ver a história do Exterminador do Futuro reversa, essa pode ser uma ótima opção. O filme e a série são bem diferentes e sinceramente, acho que isso é um atrativo no final das contas, você não sabe o que esperar, mas usa um universo já conhecido. É um seriado de ficção científica estiloso, profundo e que te dá aquela sensaçãozinha de que teve uma trama toda muito bem trabalhada, recomendo.
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