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The Maxx - Um fabuloso desenho psicológico


Lembro que durante os anos 90 eu sempre comprava revistas do tipo a “Herói” e ficava muito entretido vendo certas coisas que eu sabia que não iria ver tão cedo, e entre eles se destacava um estranho desenho de um homem roxo muito musculoso e com um rosto esquisito. Era The Maxx, e aparentava ser uma daquelas animações completamente sem noção do estilo Aeon Flux, mas quando finalmente fui assistir para ver do que se tratava, tive uma bela de uma surpresa ao ver que não era algo aleatório, mas sim uma verdadeira série onde um episódio é uma continuação dos anteriores.

A história apresenta Julie Winters, uma assistente social que trabalha como freelancer e começa a ajudar um sem teto que vive em uma caixa em um beco. Ele pede que o chamem de “The Maxx” e diz ser um super herói, usando uma máscara esquisita e uma roupa completamente roxa. Também diz ter acesso a outro mundo chamado Pangaea, que é um tipo de savana australiana onde ele é o rei e deve proteger a Rainha da Selva. Naturalmente Julie sabe que ele é apenas um ninguém que acabou enlouquecendo e criando o seu próprio mundo para fugir da realidade, e assim a trama vai apresentando o dia a dia dos dois.

Essa série animada é simplesmente fantástica, é aquele tipo de coisa que te faz ver constantemente que as situações apresentadas não podem ser vistas meramente de uma maneira, e sempre acabam apresentado entrelinhas. Houveram vários momentos em que pensei ”Nossa!”, ao ver que uma situação tão óbvia na verdade estava simbolizando algo completamente diferente.

Aqui você vê personagens com defeitos, passados que gostariam de mudar e um baita toque filosófico, e não é aquela coisa que você tem que rachar mente par conseguir captar a mensagem, pra falar a verdade em alguns episódios os próprios personagens fazem a análise psicológica de certas situações, em especial um vilão chamado Mr.Gone.

Você também pode acabar se identificando um bocado com o seriado, pois ele como um todo simboliza a fragilidade, nossos medos e o gigante guardião que está ali para nos salvar do perigo, mas que também é desajeitado devido ao seu tamanho e acaba atrapalhando, causando um estrago, o como é mais cômodo deixa-lo em casa do que expulsá-lo de nossas casas.

Maxx também interage com outros personagens e é engraçado ver o ponto de vista deles, a análise que tem sobre o enorme homem roxo. Da mesma forma, o próprio Maxx vê o mundo de uma maneira diferente, tendo que enfrentar criaturas como os Iszes, que em Pangaea são semelhantes a coelhos brancos, mas que no mundo real se tornam negros e carnívoros, além de que todos ao redor o veem como humanos, menos o super herói, que os vê apenas fantasiados com aquelas roupas. Isso te faz ficar perguntando durante a história inteira “Mas afinal, são pessoas mesmo e Maxx é um louco? Ou Pangaea realmente existe?”.

Enfim, está aí uma ótima opção de série em animação, com apenas 13 episódios e cada um contendo apenas 11 minutos, então é uma diversão rápida com forte conteúdo envolvendo psicanálise, mas que dá para absorver muito sem precisar se esforçar tanto como em outras obras como Salad Fingers.

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2 Comentários

  1. Alguém mais bateu o olho nessa foto e pensou: Blanka Roxo?

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  2. Bem legal, terminei de assistir hj,+ o que eu curti pra valer mesmo, foi essa pegada de anos 90 nos traços da animação, eu queria ter vivido+ aquela época...agora tô atrás das hqs pra baixar ou comprar

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