Acredito que o estúdio alemão Daedalic sentiu o gostinho de fazer um jogo de RPG e acabou se empolgando com a coisa, isso porque a maioria dos títulos da empresa são compostos por point and click, no entanto após o lançamento de Blackguards, ela decidiu expandir um pouco mais o universo e lançou a expansão Blackguards: Untold Legends, e por fim acabou indo além e lançando uma continuação oficial em menos de um ano do lançamento do primeiro jogo, que saiu em 22 de janeiro de 2014 e o segundo em 20 de janeiro de 2015.
A história já começa de uma forma bastante intensa, iniciando com uma narrativa bastante sinistra e soldados entrando em um lugar, degolando um gato e jogando o corpo pela janela, para logo depois aparecer Cassia, uma mulher despertando em uma prisão e sem saber como foi parar ali, tendo apenas um guarda para perguntar, mas ele não lhe dá atenção alguma, e assim vai sendo apresentado o passar do tempo, com a mulher tentando achar uma saída, mas sempre voltando para sua cela. O lugar é cheio de aranhas com um veneno que mata ou enlouquece a pessoa, e você vai presenciando a sanidade da personagem desaparecendo aos poucos, além da sua aparência se transformar, devido a quantidade de picadas de aranha que recebe e o veneno muito concentrado em seu corpo.
Como podem ver, a trama é um ponto fortíssimo, não demora nada para você perceber o quanto foi bem trabalhada e se sentir rapidamente ligado a Cassia. A forma como as coisas são desenvolvidas é bastante tensa, você sente que a trama é bem macabra e em como os personagens estão sofrendo com o que está acontecendo, outro detalhe interessante é que você pode tomar decisões e assim fazer coisas boas ou ser bem maldoso.
A jogabilidade é semelhante a do primeiro jogo, porém além de ser algo bem novo, também há diversos aperfeiçoamentos que foram feitos com base nas críticas do primeiro jogo, algo que achei muito maneiro da parte dela, sendo assim embora a mecânica seja semelhante, existem diversos aspectos que mudam, como magias não serem mais baseadas em sistema de rolamento de dados, como era no anterior. Fora isso há novamente aquele sistema do primeiro jogo de combates em turnos e uma roda de ações onde você pode escolher o que deseja fazer.
Visualmente o jogo está mais bonito e lembra um bocado os jogos de aventura tradicionais da Daedalic, com você andando pelo cenário, clicando em coisas para interagir, e há também um sistema de deslocamento de câmera enquanto você move o mouse para as extremidades da tela, e assim você precisa explorar alguns ambientes para descobrir o que ele tem a oferecer.
Graficamente o jogo está maravilhoso, ambientes cheios de detalhes e com um toque muito sombrio, graças a trilha sonora do jogo e os ambientes escuros em uma prisão, no começo do jogo eu achei o climinha bem semelhante ao de Blackthorne, mas é algo puramente voltado a atmosfera, não a jogabilidade em si. As apresentações também estão maravilhosas, colocadas com um fundo como se fosse papel velho e assim dando a impressão de que é um conto de um livro antigo.
Enfim, se você ama RPG's e pancadaria em turnos, certamente irá se atrair um bocado por esse jogo, ele é bem gostoso por completo, atmosférico e com um toque todo próprio, apesar de não muito movimentado. Quem se interessar é só dar uma conferida no site oficial do jogo.
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