Essa é uma daquelas obras que te transportam para uma viagem completa, não dá para entender ao certo o que está acontecendo, mas ao mesmo tempo você tem uma noção da lógica daquilo tudo, é algo bem surreal, psicodélico e por incrível que pareça, com um toque um tanto sombrio, jogar isso me fez sentir como se fosse uma fusão entre a sensação aérea de Bioshock Infinite e o universo onírico de Master Reboot, e chegou a hora de fazer uma análise aqui.
A história apresenta Elysia, um computador poderoso onde as pessoas fazem upload de suas memórias para que uma cópia delas viva pela eternidade ali e também se comunicar com os seus entes queridos que ainda estão vivos. As melhores lembranças e desejos são escolhidos para a pessoa presenciar enquanto estiver dentro desse mundo virtual, porém algo de errado acontece e você controla um personagem em um mundo sombrio onde tudo é muito estranho.
O jogo definitivamente te faz viajar no que está acontecendo, começando em uma queda por um lugar que você simplesmente não consegue definir nada direito além de suas mãos e logo vem um navio voador onde você deve ligar as máquinas que fazem surgir uma vela virtual que o faz andar, mas então uma criatura gigantesca com asas ataca o navio, virando-o e te fazendo cair, após isso uma sequencia constante de coisas esquisitas e lugares familiares misturados misturados com grandiosas estruturas passam a aparecer.
A jogabilidade é de um jogo de resolução de quebra cabeças, ao mesmo tempo em que dá um pouco de nervosismo ver o lugar todo sombrio, frequentemente com parte submersa em água, você também se pega admirando a beleza de certos ambientes, por mais que dê um pouco de medo, por exemplo em um momento que você aparece em um deserto e vê que tem uma estrada e ao redor uma vasta área, porém bastante escura, acho que todo mundo acaba pensando logo de primeira o que vai acontecer se você andar até lá.
O personagem vai ganhando alguns poderes pelos lugares que passa e precisa usá-los para passar aos novos ambientes, sendo que o primeiro é de materializar e desmaterializar certas partes do cenário, permitindo assim que mecanismos assumam certas posições, e também que seja possível passar por lugares que anteriormente não eram sólidos. As vezes é preciso usar sabiamente as habilidades para conseguir fazer com que o próximo lugar se abra, sendo que cada área do jogo tem como objetivo fazer você abrir um portal e assim seguir em diante.
Quanto aos gráficos, eles realmente lembram um bocado o de Master Reboot com todos aqueles elementos psicodélicos, e a mistura de cores vibrantes com locais escuro ficou muito boa, te faz pensar estar em uma verdadeira rave, por outro lado acaba sendo inevitável não comparar com Master Reboot e tenho que dizer que achei o do outro jogo superior, não pelas texturas e efeitos, já que são os mesmos, mas porque aquele tinha um design próprio nos elementos e colocava um toque fofinho a coisa, já esse tudo parece ter sido um pouco mais realista, o que ao meu ver não gerou a mesma sensação que o título anterior da empresa.
Enfim, Soul Axiom é um ótimo jogo sombrio para se passar o tempo, se você cansou de puzzles onde só há fofura, esse aqui é um com um clima de abandono, mas ao mesmo tempo com toques vibrantes, pode ser uma ótima opção. Quem se interessar é só dar uma conferida no site oficial do jogo.
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