Quando o primeiro Stronghold foi lançado, causou uma ótima impressão, pois trazia uma fórmula simplesmente muito gostosa e logo veio a sua expansão Stronghold Crusader, que trazia uma essência diferente, algo tão novo, que passou a ser não apenas uma mera expansão, mas sim um outro jogo que carregava o título da franquia, uma jogabilidade semelhante, porém uma experiência diferente e um clima próprio bem agradável, sendo assim vieram outros Strongholds, porém somente doze anos após o lançamento do primeiro Crusader, saiu a sua continuação! E agora vou postar aqui a análise.
Assim como o primeiro jogo, esse jogo também se passa em um período real da história da humanidade, as Cruzadas, aqui as coisas começam a acontecer no ano de 1189, e dois povos estão em guerra, de um lado os templários avançam e o rei Ricardo Coração de Leão guia cristãos em uma jornada santa, em direção a uma brutal combate contra o Sultão da Síria, que tenta conseguir a liberdade de seu povo.
É notável a evolução do jogo, você reconhece todos os elementos apresentados, no entanto a essência ficou um pouco diferente, é como se houvesse uma reformulação para tornar o jogo híbrido com jogos de estratégia em tempo real mais comum, isso porque muito da jogabilidade acabou sendo alterada, mesmo assim foram mantidas algumas raízes, como a dificuldade em extrair recursos, e aquela sensação de que as coisas estão sendo obtidas bem mais lentamente do que um RTS padrão.
Novamente são apresentadas duas campanhas, sendo que você pode escolher entre ser templário ou ser sultão árabe, e assim ver os dois lados da moeda. Cada campanha é apresentada em formato de mini campanhas, o que pode parecer um pouco sufocante para alguns jogadores, já que dá a impressão de que ao invés de duas, são várias pequenas campanhas rápidas demais para serem realmente usufruídas, já que a média é de três fases, no entanto se você ver como duas campanhas de dois lados, é mais agradável de se absorver as coisas.
Felizmente foi mantido um dos elementos mais encantadores do jogo, que é o "simulador de fortaleza" onde pessoas vão morar no castelo e você precisa administrar bem, e assim sendo obrigado a fazer a qualidade de vida ser boa para que os aldeões possam começar a aparecer. Se você deixar os impostos altos demais, eles irão ficar insatisfeitos, se a comida for escassa, ou tiver pouca variedade, o mesmo acontecerá, no entanto você pode se virar, sacrificando um recursos para compensar algum que esteja falho, e assim você vai administrando o seu reinado da melhor maneira.
Acredito que todos notarão que há falta de alguns elementos adicionados nos jogos anteriores da franquia, isso pode ser um alívio para alguns, mas pode ser realmente frustrante para outros, afinal de contas é claro que a ausência de certas unidades foi feita para poder balancear melhor as coisas, porém somente jogando muito para ver se as coisas parecem mesmo mais balanceadas ou se foi desnecessário. Mas para jogadores novos, acredito que não será problema algum e que a experiência em geral vai ser bem divertida.
Graficamente, o jogo não me impressionou muito, mas não é feio, apenas não causou o impacto que tive quando Age of Empires 3 foi lançado por exemplo, aqui é apresentado um 3D e jogadores antigos irão sentir uma nostalgia ao ver a mesma estética usada desde quando os jogos da franquia eram 2D, então tudo é bastante bonitinho, porém não chegam a ser lindos.
Enfim, Stronghold Crusader 2 é um jogo de acertos e falhas, em geral ele é gostoso e divertido, porém devido ao seu alto preço de lançamento, o jogo pode acabar sendo desvalorizado um pouco, pois obviamente se exige um produto final bem mais polido, mesmo assim não dá para tirar o mérito de ótima obra. Quem se interessar pode dar uma conferida no site oficial do jogo.
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