Ao contrário do que possa parecer, Gauntlet não é o primeiro jogo da franquia, ao menos não o de 2014, apesar disso não carrega nenhum subtítulo, ou numeração, fazendo assim parecer que é o primeiro apresentado, mas a história dessa linha de jogos é bem antiga. O primeiro jogo da franquia foi lançado quase trinta anos antes, em 1985 para fliperamas, e tive o prazer de conhecer essa maravilha com Gauntlet Legends para Nintendo 64, que me consumiu muitas horas e gerou diversão indescritível. E hoje vou postar aqui uma análise sobre o Gauntlet de 2014, que definitivamente vai impressionar muita gente.
A trama do jogo apresenta um jovem aventureiro que é aprisionado em um lugar e convence heróis a irem salvá-lo, não é algo muito profundo e o jogo assim utiliza da própria essência de aventura medieval para cobrir isso. Aqui você entra com um grupo de aventureiros em lugares lotados de monstros, e deve enfrentá-los ao mesmo tempo em que coleta os tesouros e finalmente mata o grande vilão que espera no final do caminho. Para fãs de histórias medievais padrões, esse é o tipo de jogo que vai ser mais do que suficiente para suprir a vontade de aventura.
A jogabilidade a primeira vista pode fazer parecer com que o jogo seja um tipo de Diablo III, isso devido ao seu visual com câmera isométrica, ambientes medievais e poderosos aventureiros lutando contra inimigos, no entanto é um erro pensar isso, pois a essência apresentada aqui é bem diferente. Enquanto Diablo é um jogo de aventura e longa história, Gauntlet é uma obra para ação rápida, pequenas aventuras em câmaras, portanto você entra, mata os monstros, pega o tesouro, e sai. O foco é completamente voltado para o cooperativo, embora seja possível jogar sozinho.
Existem quatro personagens que podem ser escolhidos no começo da aventura, e eles não precisam ser permanentes, você pode mudar quando entrar de novo no jogo, porém a experiência e tesouros adquiridos ficam com ele. Os personagens são os seguintes:
Guerreiro: O personagem da pancadaria, tem uma ação direta podendo atacar múltiplos inimigos, além de derrubá-los, fazendo um grande estrago nas legiões.
Elfo: Um personagem especializado no uso de arco e combate a distância, com bastante agilidade e perfeito para dar suporte.
Valquiria: Uma guerreira que também usa espada, porém tem um foco em ação mais rápida e também pode fazer ataques a distância, tendo um escudo para se defender de projéteis e ataques diretos, além de poder lançar o seu escudo e fazer com que persiga os inimigos.
Mago: Um personagem muito fraco em saúde, mas com vários elementos mágicos que podem ser combinados e assim gerar uma nova magia para causar variados tipos de danos.
É muito bom escolher cada uma das classes e ir testando em qual acaba se jogando melhor, isso porque o jogo apresenta uma diferença bem notável na forma de se jogar com eles. O mago por exemplo tem um sistema interessante de magia, você não simplesmente aperta o botão, você tem que combinar os elementos e assim aquela magia estará ativada, sendo que existe um contador de tempo para se usar certos ataques, e as vezes você pode fazer aquela combinação, mas ele ainda não estar pronto, esse jeito acabou fazendo uma bela combinação de leitura do livro de magia, afinal de contas quando você está cercado por inimigos, bate aquele nervosismo por sua vida ser baixa e vem aquele pensamento "Como é que faz campo de força?", você praticamente sente que está folheando rapidamente o grimório em busca das palavras certas para serem pronunciadas. Os outros personagens também tem o seu sistema que deve ser dominado, como a Valquiria, que se tiver uma sincronia perfeita de ataque e defesa, pode ser uma personagem imparável.
Quanto as câmaras, o grupo sempre começa em um ambiente onde vê portas para serem entradas, tudo vai depender da pessoa que criou a partida, se ela já destravou todas as câmaras, então tudo vai estar disponível para se entrar, mas se ela apenas destravou duas, só elas estarão abertas, e assim vai... Naturalmente quanto mais avançada for a câmara, maior preocupação os jogadores irão ter.
Ao atravessar uma das portas, é que começa a partida, você pode jogar sozinho, mas sem sombra de dúvidas a diversão está em jogar com outras pessoas. Até quatro podem participar de uma partida, sendo que você escolhe entre ser online ou local, já que o jogo dá suporte a controle, e até mesmo é possível jogar misturado entre local e online. Por exemplo, imagine que você tem um controle no seu PC, e assim você pode usar o teclado e mouse, e chamar um amigo, depois se conectar na internet e esperar um desconhecido entrar na partida, ou mesmo convidar outros amigos.
Durante a aventura, vocês tem que matar muitos inimigos para ganhar pontuação, coletar tesouros que estão espalhados por toda parte em baús, vasos e até mesmo espalhados pelo chão, procurar ambientes secretos onde se tem bônus, atravessar armadilhas, e resolver quebra cabeças para passar de alguns lugares. Além disso ainda tem uma coroa que em determinado ponto do jogo, vocês acharão, aquele que pegar primeiro, ficará com ela na cabeça, mas se o jogador levar algum dano, a coroa voará de sua cabeça e o primeiro que a pegar, ficará com ela, no fim da partida aquele que carregar a coroa vai ganhar um bônus. Também existem certos desafios do próprio personagem, e assim você sempre tem que ficar atento no que deve fazer e quantas vezes deve fazer para completar aquele desafio.
Como devem ter notado, o jogo acaba sendo diversão e gritaria pura, todos querem pegar tesouros rapidamente, todos querem matar mais monstros, e há um grande desespero para se pegar a coroa. E assim você fica naquela sensação de estar jogando um cooperativo, mas ao mesmo tempo quer ter um prêmio maior no final, ou seja, direto acontecerão coisas como "Devo dar suporte a esse amigo que está sendo atacado ou pegar aquele monte de ouro antes que alguém pegue? Ou quem sabe seria melhor pegar aquele coroa que acabou de cair ali?". É simplesmente muito bom!
Há também os maravilhosos eventos com chefes no meio das partidas, que naturalmente são bem mais poderosos que outros monstros, ou a perseguição da morte, que bate uma grande adrenalina. Sim, a morte é uma personagem do jogo, e ela de repente surge e você vê o cenário sendo consumido por algo negro e se ela se aproximar, sua vida começa a ser drenada, há vezes em que você está no meio de um combate e ela surge, daí você precisa se preocupar em lutar e ao mesmo tempo fugir, isso sem contar em perseguições por lugares cheios de armadilha, e aquela mancha escura se aproximando pelo chão, é adrenalina pura!
Ao final de cada partida, vocês voltam para a câmara do início do jogo, e lá é possível comprar novos itens, por exemplo, você pode comprar um demônio para invocar durante a partida e te ajudar a destruir os inimigos, naturalmente quanto mais poderosa for a habilidade, mais caro será o custo em ouro.
Enfim, gosta daquelas histórias em ambientes medievais fantásticos? Fica aí a dica de ótimo jogo cooperativo, especialmente para aqueles que gostam de jogar conversando com os amigos, esse jogo será uma maravilha, tenha certeza disso, eu recomendo muito! Vale a pena dar uma conferida no site da G2A pra ver o preço que está lá, pois eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida no preço que tá lá, clicando aqui.
1 Comentários
Caraio! Esse foi meu primeiro jogo, meu irmão mais velho tinha Atari e como eu era criança quase não jogava. Até q meu pai me deu um Phantom System (Nintendo no Brasil) q vinha com esse jogo. Tinha sem fases e o objetivo era achar um Orbe. Mto louco, agora vou procurar essa versão de 2014. Vlw pela dica.
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