Esse é um daqueles RPG's que mostra uma personalidade própria, apresentando uma jogabilidade que embora em geral tenha sido vista em outros jogos de RPG, aqui são colocadas de um ângulo diferente. É aquele tipo de obra em que os criadores pegaram certos elementos e decidiram que não iriam colocar da forma padrão, juntando tudo e transformando em uma fórmula própria capaz de divertir muito.
A história é relativamente simples em relação a tramas já apresentadas, isso porque coloca um roteiro padrão envolvendo seres divinos e mortais. No caso aqui há uma guerra entre os "Grandes deuses" e os "Deuses das trevas", isso gera o caos e terror na humanidade, até que os grandes deuses decidem fazer um pacto com os humanos, onde os deuses das trevas não poderão interferir em suas vidas. Isso faz com que a humanidade prospere e a paz volte a surgir, no entanto as trevas crescem nos corações dos mortais e isso abre uma porta para o retorno do terror.
A jogabilidade me pegou de surpresa, isso porque quando fui jogar inicialmente, eu pensei que era um visual novel em forma de RPG, e inicialmente realmente pareceu. Apesar de tudo eu senti logo que era uma coisa mais robusta, com vários lugares da cidade para escolher, e diversos elementos para interagir, como por exemplo um local onde ficam listado monstros e você pode estudá-los para saber como lidar com eles ao encontrá-los, uma forma interessante de apresentar o bestiário, da mesma maneira há uma taverna onde você pode reunir um grupo de aventureiros, e diversos outros lugares da cidade.
Eu comecei a estranhar um pouco quando vi que o elemento "visual novel" estava me deixando livre demais, normalmente nesse tipo de jogo eu me sinto guiado e em certos pontos tenho que escolher o que fazer depois, é claro que tem muitos jogos desse gênero que também tem mapa e permitem ir a qualquer lugar, mas mesmo assim nesse estava livre demais porque eu podia ir até qualquer momento, não me sentia empurrado pela história.
Mas a grande surpresa foi quando decidi ir a uma masmorra, e aí sim eu vi que esse é mesmo um RPG, isso porque tudo mudou no jogo, o que até então era apresentado em imagens, agora era um ambiente 3D. Apesar disso o jogo é do tipo em que você se movimenta como se fosse ma peça de um tabuleiro, por isso as masmorras tem que ser imaginadas como um ambiente cheio de quadrados no chão e você precisa andar por cima deles, o mesmo serve para virar os personagens, você não gira o seu grupo para qualquer lado, em cada quadrado você se vira olhando reto para quatro lados apenas, esse tipo de jogabilidade dá uma sensação meio mecânica a coisa, mas mesmo assim adiciona um charme muito especial a coisa.
Os encontros são os padrões de JRPG's, você está andando e de repente "Você encontrou algo..." e aí surgem inimigos na tela e começa a pancadaria em turnos, seus personagens ganham experiência e evoluem naturalmente. Há também uma série de acontecimentos de uma forma bem interessante, como por exemplo quando os monstros deixam um tesouro, você escolhe qual herói vai examinar e efeitos variados podem acontecer, por exemplo um baú pode estar protegido com uma magia que suga energia.
Graficamente o jogo apresenta o elemento no estilo visual novel, com cenários de fundo e personagens que aparecem na tela enquanto falam, mas as coisas são bem mais movimentadas, com informações que ficam sendo apresentadas na tela por exemplo. Já em locais onde a ação ocorre, o ambiente é em 3D, porém é relativamente simples, com texturas de baixa qualidade e um 3D simples nos lugares, mesmo assim acaba gerando uma certa elegância, transmite uma sensação de jogo indie, porém ao mesmo tempo uma sensação de algo feito com amor ao se ver os vários elementos adicionados ao jogo.
Enfim, Elminage Gothic pode não ser um jogo com a melhor trama, mas é um RPG agradável pra caramba e que certamente muitos irão ficar viciados. Quem se interessar pode dar uma conferida no site oficial do jogo.
1 Comentários
Cara, pelo que olhei no trailer, a ideia dele é exatamente igual de Phantasy Star, do master system
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