Esse é um jogo que experimentei e acabei sentindo a essência pura do gênero o qual ele pertence, o que por um lado é ótimo, afinal jogos de defesa de torres são sempre muito divertidos e conseguem consumir horas facilmente sem você nem ao menos perceber o tempo passar e sempre fica com aquela sensação de "Apenas mais uma fase e então eu vou sair!" e quando chega na próxima fase você fala a mesma coisa. Mas apesar disso, o fato do jogo não apresentar grande inovação acaba pesando um bocado e o tornando apenas um bom jogo, e não algo realmente inesquecível, o que obviamente não quer dizer que seja descartável, mas sim substituível.
A história me lembrou um bocado a do filme Outlander - O soldado do novo mundo, isso porque existe bastante daquele contraste entre algo medieval e uma coisa vinda do futuro. A trama se passa em um planeta onde as pessoas vivem em paz em suas vilas, porém um dia uma raça alienígena chega em enormes naves e pousa no lugar para então começar a atacar, e você deve liderar o povo para que construam defesas que também usam tecnologia avançada.
A jogabilidade usa o que já tanto conhecemos, cada fase te coloca em um cenário onde tem um lugar onde os inimigos entram, e o final desse lugar onde é o objetivo desses, você deve construir diversas torres que tem efeitos variados, algumas soltam mísseis, outras atiram como metralhadoras, outras são especializadas em atacar veículos aéreos, e assim vai, é preciso estratégia para posicioná-las nos melhores lugares onde se cobre uma maior área.
As defesas recebem dano de algumas unidades, o que já é algo que varia um pouco da maioria dos jogos do gênero onde os inimigos apenas morrem. Você precisa reparar constantemente as torres, mas também pode fazer atualizações para que essas fiquem ainda mais fortes. E também existem as habilidades especiais que vão sendo destravadas com o passar das fases, assim inicialmente você pode por armadilhas no meio do caminho, depois pode congelar, depois curar todas as torres de uma vez, e assim vai destravando os poderes aos poucos, cada um deles tem um certo tempo que levam para que você possa usá-los novamente.
Os gráficos do jogo são bonitos, porém as vezes tem certas falhas, especialmente no primeiro cenário, onde os inimigos simplesmente vão andando pelo caminho dando uma volta certinha nas curvas até chegar ao final, acredito que por mais que o jogo tenha um visual meio fofinho, é inevitável pensar no motivo deles não simplesmente irem reto direto ao objetivo, mas sim ficarem dando voltas. Por outro lado há cenários espetaculares, como o terceiro, que fica em cima das nuvens e é possível ver as pontas de árvores lá em baixo, e nesse sim os inimigos são obrigados a darem as curvas pelas plataformas de madeira, já que se andarem pelos lados irão cair.
A música do jogo ficou linda, e esse é um dos maiores destaques, existe um certo sentimento épico, porém sem ser exagerado, é algo muito suave que lembra um pouco de músicas medievais, não sei definir, mas diversas vezes me peguei cantarolando, ficou bastante bonito mesmo.
Enfim, Rush for Glory não é um jogo que se concentra em inovar, mas ele com certeza pode divertir bastante e gerar ótimos momentos, para aqueles que gostam do gênero ou estão ansiosos para jogar um Tower Defense, esse pode ser uma ótima opção. Para quem se interessar pode dar uma conferida no site oficial do jogo.
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