Tenho que assumir que esse jogo foi uma grande surpresa pra mim, não pela obra em si, mas por ser uma sequencia do jogo Nightmares from the Deep: The Cursed Heart, uma obra que eu realmente não esperava ter uma continuação. Digo isso porque apesar de ser um jogo muito legal, normalmente esses títulos de obras do gênero point and click de empresas não tão conhecidas costumam não ter um novo na franquia. Mas foi então que eu vi que na verdade "Nightmares from the Deep" é o nome da franquia e não do jogo em si, e o subtítulo sim é que pode ser chamado de "nome". Mas enfim, assim como o jogo anterior, eu resolvi fazer uma análise aqui.
Quando fui jogar, eu também fiquei um pouco surpreso ao me ver no controle mais uma vez de Sarah Black, a mesma diretora do museu que é sequestrada no primeiro jogo. Depois daquela aventura, o que eu esperava é que um novo personagem fosse adicionado, mas pelo jeito a moça é um tipo de Robert Langdon (O personagem de código da vinci), e assim acaba se envolvendo em várias conspirações que envolvem antiguidades e o sobrenatural. Dessa vez o museu caribenho foi reconstruído e um pacote chega para a personagem, ao abrir ela encontra um poderoso artefato antigo que imediatamente começa a brilhar e interagir com outra peça do museu, mas assim que a mesma resolve os enigmas e destrava a arca que envolve o objeto, o museu é invadido e o roubam, ao mesmo tempo que tentam assassinar Sarah, que foge, e é então que começa a investigação sobre o que aconteceu, e a identidade real daquele que entregou o pacote.
No primeiro jogo eu senti uma atmosfera meio lovecraftiana, mas não cheguei a mencionar porque pensei que poderia ser apenas uma impressão gerada por fã de Lovecraft, afinal tinha piratas e tudo mais, então nem tudo que tem mar, tem que ter a ver com Lovecraft né? Só que nesse aqui não teve como negar, pois já de cara aparece o povo peixe e as criaturas em geral acabam lembrando demais esse tipo de coisa. Então fãs do Cthulhu com certeza vão sentir uma certa sensação familiar, especialmente para aqueles que assistiram o filme Dagon, a atmosfera é bem incrível.
A jogabilidade é aquela mesma apresentada no jogo anterior, portanto apesar de não ser 3D, o jogo é em primeira pessoa e os personagens são apresentados na tela e olham pra você quando vão conversar. As ações são feitas no estilo point and click, portanto você coloca o mouse em cima e faz o que quer, mas o jogo tem muita ação apesar disso. Por exemplo quando você começa, em pouco tempo fará coisas como ajudar um personagem a levantar um móvel caído, sendo assim você tem que conseguir um objeto que te ajude a levantar e aí usá-lo, você vê as coisas acontecendo na tela enquanto vai clicando e arrastando o mouse, passando aquela sensação física de estar interagindo.
O jogo tem gráficos muito bonitos, parece uma coleção de imagens pintadas a mão e desenhos foto realistas, que em certos momentos se transformam em 3D para mostrar alguma apresentação, por exemplo o mesmo móvel caído no chão, quando o personagem o levanta e coloca em frente a uma janela para impedir a passagem de invasores, o objeto imediatamente se transforma em uma pintura. Existe uma boa variação de acontecimentos que são em 3D e repentinamente se tornam 2D. O jogo também tem dublagem constante, e vem com legendas em português brasileiros, dando a sensação de que você está assistindo um filme.
Enfim, fica aí uma ótima dica especialmente para iniciantes nesse gênero de jogo, ele tem uma história intensa, muito movimentada e cheia de quebra cabeças para serem resolvidos. Para quem se interessar pode dar uma conferida no site oficial do jogo.
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