Sem dúvida alguma o Mario é o símbolo máximo dos jogos de plataforma, isso porque causou uma influência imensa no que veio depois. Apesar de tudo é engraçado como eu vejo o personagem como ocidental, mesmo sendo de uma empresa japonesa e tendo nacionalidade italiana, a visão do mesmo falando inglês é simplesmente marcante demais, e assim é um jogo que vejo como se fosse americano. Mas isso acaba não se limitando ao personagem, jogos de plataforma em geral sempre acabam me dando uma visão ocidental da coisa, então quando joguei Akane the Kunoichi fiquei pensativo sobre o assunto e achei engraçado como não tenho em mente nenhum jogo que tenha um clima tão oriental quanto o mesmo e seja desse gênero.
A história do jogo vai direto ao ponto, e por isso acaba sendo relativamente simplória, apresentando uma fórmula padrão. Aqui você assume o papel de uma garota que se chama Akane e é uma ninja Kunoichi, a mesma é apaixonada por um samurai muito nobre chamado Goro, que um dia é atacado, a garota tenta defendê-lo, mas não consegue e é vencida pelos malfeitores que acabam por sequestrar seu amado. A partir daí ela parte em uma missão de resgate por um caminho cheio de inimigos.
Sobre o que falei inicialmente do Mario ser japonês, mas ter
nacionalidade italiana, ironicamente nesse jogo o que acontece é
exatamente o contrário, a Haruneko é uma empresa italiana que acabou por criar uma personagem japonesa.
A jogabilidade é padrão de jogos de plataforma, portanto você tem que chegar a um certo ponto de um cenário para terminá-lo e no caminho há uma série de bônus. Quanto a forma de derrotar inimigos você usa kunais, mas acha algumas atualizações pelos caminhos que fazem a jogabilidade variar, sendo assim você pode de repente se ver jogando um monte de kunais para lados diferentes a cada ataque e não apenas uma.
Os inimigos não morrem com apenas um ataque, é preciso de vários e alguns dos mesmos também fazem ataques, sendo assim você tem que estar preparado para se abaixar e saltar em horas certas, gerando assim uma bela diversão com inimigos que realmente lutam, apesar de que são um tanto simples em geral, não é algo extremamente agitado.
Definitivamente um dos detalhes mais charmosos do jogo é a boa variação de fases que já apresenta desde o início, colocando formas diferentes e assim evitando o tédio de sempre ser a mesma forma de apresentação com desafios novos, que apesar de em geral já terem sido vistos antes em outros jogos, acabaram sendo muito bem aplicados aqui.
Os gráficos são em 2D e transmitem muito bem o clima japonês, com coisas como cerâmicas de gatinhos para serem quebradas e talvez conter itens dentro, inimigos com aquele chapéu de camponês oriental prontos para lançar em você como arma, entre outras coisas, isso sem contar com a trilha sonora, tudo mantém muito bem um clima de Japão feudal bem intenso e gostoso de se jogar.
Enfim, Akane the Kunoichi é um bom jogo de plataforma, o único problema que eu realmente achei foi quando a personagem se prende na parede, pode ser um pouco desagradável fazê-la desgrudar, mas em geral é um jogo que cumpre bem a sua proposta. Se você se interessar pode dar uma conferida no site oficial do jogo.
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