Uma das coisas que as histórias dos anos 90 pra baixo tem, é a falta de tecnologia, sem internet e celulares, as coisas passam a ter um estilo muito diferente. Tudo era bem mais "bruto" e certas situações acabavam sendo um tanto mais complicadas de serem resolvidas. Claro que hoje em dia é possível se fazer histórias que se passem em outras épocas, só que o que tinha de especial naquelas é exatamente o fato de serem obras genuínas, ou seja elas não estavam simulando, mas sim apresentando a realidade em que os autores viviam, o que acaba te fazendo dar aquelas risadas certas vezes em ver que certas coisas que seriam tão simples para a época atual, simplesmente acabavam sendo um belo de um problema.
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A história tem o seu ponto de partida em uma pequena cidade do Texas, quando uma igreja é explodida, matando duzentas pessoas, menos o reverendo Jesse Custer, que logo descobre a origem sobrenatural disso tudo, e parte em uma jornada, onde tem ajuda de sua antiga namorada Tulip O'Hare, uma mulher revoltada pelo mesmo a ter abandonada e que por algum motivo tentou assassinar um homem e acabou não conseguindo, os dois tem a companhia de Cassidy, um homem que não parece estar ligando para nada, agindo de maneira misteriosa e não dando a mínima preocupação em se tornar um perseguido.
Preacher foi lançada no ano de 1995, no entanto acredito que a primeira vez que eu vi uma edição ao vivo (Devo ter visto fotos antes na revista Herói) foi lá por 1998, em uma Comic Shop famosa aqui em Brasília chamada Kingdom Comics, e as capas me chamavam um bocado a atenção, pois eram sempre foto-realistas. Apesar disso, sempre me pareceu um quadrinho para "outro nível social", que garotos riquinhos compravam e que era espetacular mas que não dava pra eu bancar não, então eu só olhava mesmo. E de certa forma eu estava certo, era espetacular, e teria me feito viajar muito ler isso naquela época, mas o meu contato de ler mesmo Preacher só aconteceu muitos anos depois.
Essa HQ tem um baita de um climinha tarantinesco, em especial me lembra demais Um drink no inferno, com tudo isso de perseguição pelo Texas e o sobrenatural estando presente. Mas apesar disso a trama tem sua própria direção e cria uma identidade própria logo. Há muitas críticas sociais interessantes e personagens que realmente tem um destaque especial próprio, nem sempre bonito, como o garoto fã de Nirvana que tentou se matar quando o Kurt Cobain cometeu suicídio, mas ele não conseguiu, então ficou com a cara deformada e ganhou o apelido de "Cara de Cu" já que foi com isso que o rosto dele ficou parecendo hahaha, ou o policial durão que gosta de sentir dor e ser humilhado, entre outros tipos.
Uma coisa que adoro, é como vários pontos de vista são apresentados nessa história, fazendo assim com que se crie um baita de um suspense em certos momentos por mostrar na visão de outro personagem a coisa acontecendo. Além disso os próprios personagens tem os seus mistérios que vão sendo levados e te deixando curioso. E o humor dos personagens em certos momentos, e forma "escrachada" de certas situações serem apresentadas acaba fazendo você morrer de rir.
Enfim, Preacher é uma ótima HQ, cheia de suspense, surpresas, momentos de ação incríveis com cenas hilárias, mas tudo muito bem moderado, também colocando tensão de vez em quando. Vale a pena! Os quadrinhos de Preacher foram lançados em português em edições encadernadas, confira:
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Sobre HQs adultas
Obras como Watchmen, de Alan Moore, e Sandman, de Neil Gaiman, são pilares desse tipo de narrativa. Enquanto Watchmen desconstrói a figura do super-herói, mostrando suas falhas e dilemas éticos, Sandman mistura mitologia, fantasia e questões existenciais. Ambas são consideradas fundamentais para quem busca quadrinhos mais sofisticados.
Outro clássico é Maus, de Art Spiegelman, que aborda o Holocausto com uma narrativa impactante, usando animais para representar diferentes grupos étnicos. Já V de Vingança, também de Alan Moore, traz uma trama sobre revolta contra o autoritarismo, explorando temas como liberdade e opressão de forma provocadora e simbólica.
Akira, de Katsuhiro Otomo, é um ícone do cyberpunk, explorando o caos em uma Tóquio futurista pós-guerra. Preacher, de Garth Ennis, mistura religião, violência e humor ácido, com uma história de redenção que foge dos padrões tradicionais. Esses quadrinhos apresentam mundos complexos e recheados de dilemas éticos e morais.
Obras como The Invisibles, de Grant Morrison, desafiam a mente com teorias da conspiração, ocultismo e rebelião contra a ordem estabelecida. Blankets, de Craig Thompson, é uma narrativa mais íntima, focando no crescimento pessoal e na descoberta do amor, enquanto Persepolis, de Marjane Satrapi, mistura política e cultura pessoal em uma autobiografia sobre a Revolução Iraniana.
No universo brasileiro, também temos Daytripper, dos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, que fala sobre a mortalidade e a vida cotidiana de maneira sensível e poética. Além disso, Bando de Dois, de Danilo Beyruth, é uma aventura ambientada no sertão nordestino que mistura ação, vingança e história do cangaço.
Esses quadrinhos se destacam por oferecer uma experiência única, combinando arte e narrativa em histórias que são tanto desafiadoras quanto emocionantes. A variedade de temas, desde distopias futuristas até dramas pessoais, torna o gênero atrativo para quem busca algo além das histórias tradicionais.
1 Comentários
Pela resenha me lembrou Spawn, até o formato de alguns personagens na imagem lembra alguns do universo Spawn!
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