A Aldeia dos Amaldiçoados - Clássico do horror psicológico

Bom, tem alguns clássicos que eu acabo de tempos em tempos tendo vontade de falar aqui no blog, e chegou a hora de fazer uma análise do filme de 1960, "A Aldeia dos Amaldiçoados", um filme que acabou sendo mais reconhecido pelo seu remake de 1995, dirigido por John Carpenter, e que tem o mesmo nome na versão em inglês, mas aqui no Brasil chegou com o nome de "A cidade dos amaldiçoados". E antes de tudo eu já aviso que se mesmo assim você não sabe porcaria nenhuma desse filme e gosta de tramas intrigantes com um baita climinha de mistério o tempo todo, a melhor opção é não ler essa matéria e ir assistir logo o filme, porque vale a pena ver o começo sem entender nada, infelizmente acho que é difícil alguém realmente não saber nada, portanto pra chegar no tema principal do filme, vou ter que falar alguns pequenos spoilerzinhos do começo.

A história do filme é intrigante pra caramba e se passa em uma vila chamada Midwich, onde um dia repentinamente todos os habitantes desmaiam, algo que faz os militares logo irem investigar, mas descobrem que não apenas aqueles que moram na vila, mas qualquer um que se aproxime a certa distância, acaba por desmaiar imediatamente. Após algumas horas as pessoas despertam e a misteriosa coisa que envolve a cidade desaparece, porém dois meses após o incidente, todas as mulheres da cidade descobrem estar grávidas, e quando as crianças nascem, são estranhas, com cabelos brancos, olhos esquisitos, unhas diferentes do normal, e todas agem de um jeito que faz os moradores do lugar se assustarem.

Como vocês podem ver, a história é interessante pra caramba, agora imagina como não deve ter sido surpreendente na época? Se eu tivesse visto hoje em dia, na hora iria imaginar que era baseado em algum livro do Stephen King, mas a verdade é que não, já que na época ele tinha apenas 13 aninhos e provavelmente deve ter é assistido no cinema esse filme, que nem ao menos americano é, ele é britânico, mas é baseado em um livro The Midwich Cuckoos, lançado em 1957 pelo escritor britânico John Wyndham. E aliás, quando penso na história desse filme e a parte inicial de algo cercando um lugar em especial e todas as criaturas dentro desmaiadas, isso me faz pensar em várias obras que talvez tenham recebido uma leve inspiração, obras como Flash Forward, em Under the Dome, e Person Unknow.

Esse filme é antigo, portanto tem algumas coisas que eu acho perdoáveis, mas que não toleraria em filmes atuais, como por exemplo o final repentino com um simples FIM, mas ele até que é guiado de uma forma bastante interessante, com um começo que prende bastante e te faz ficar pensando o que aconteceu, assim como você se pergunta o filme inteiro o que exatamente são as crianças. Há várias teorias dos personagens, porém o filme é muito curto, com apenas uma hora e dezessete minutos, fazendo assim com que muitas coisas sejam apressadas, dá vontade de ver mais acontecimentos envolvendo as crianças, mas tudo parece ocorrer muito rápido e bate aquela sensação de "Eu queria ter lido o livro, pra aproveitar melhor certas situações...", porém mesmo assim o clima criado é bem incrível.

Uma coisa que não posso deixar de citar, é o ambiente, esses filmes muito antigos sempre me fazem viajar, sempre vejo como as pessoas eram, o jeito diferente de falar e agir, além dos carros e tudo mais, esse tipo de coisa sempre me bate uma certa empolgação e ao mesmo tempo dá um toque especial ao filme, pois não trata-se de uma obra simulando algo antigo, mas sim algo que realmente apresenta as coisas como eram na época.

Como é um filme em preto e branco, para algumas pessoas pode ser um pouco cansativo, mas acredito que para os fãs de suspense, ele vai conseguir prender do começo ao fim, portanto recomendo demais, acho que vocês vão gostar. =)