Convenhamos, a maioria das séries de ficção científica ficam presas a regras de draminhas e de um problema por episódio, enquanto normalmente o que uma pessoa quer ver é algo com mais adrenalina, afinal é o futuro, esses draminhas familiares como Terra Nova poderiam ser usados em histórias no presente ao invés de criar um universo fantástico só pra ficar na mesma balela de "Mimimi nós somos uma família, uma família que se ama e se abraça no final de cada episódio depois de enfrentar problemas!".
Felizmente ainda existem roteiristas com bom senso e que sabem usar o futuro e aproveitar ele para abordar temas que só podem ser abordados nessa época. E esse é o caso de Almost Human, um seriado que no meio do primeiro episódio eu já estava ansioso para assistir logo o segundo! Mas obviamente isso aconteceu porque sou fã do gênero, naturalmente pessoas que não curtem esse lance muito hitech podem ficar bastante entediadas.
O universo da série apresenta um mundo onde a criminalidade fica fora do controle, aumentando 400% em relação à época atual e faz com que os governos não tenham outra alternativa a não ser criar uma operação de emergência, e assim lançam uma lei onde cada policial deve ter como parceiro um androide, programado para proteger humanos a qualquer custo e equipados com diversos softwares de análises que permitem fornecer informações precisas a seus parceiros em um instante.
A história apresenta o detetive John Kennex, que perde uma perna em meio a uma operação e fica em coma por vários meses, quando acorda é colocado de volta na força policial, porém está perturbado e não confia em androides, o que faz com que ele acabe destruindo o seu. No entanto como é lei que cada policial tenha um parceiro, ele recebe um modelo de emergência, que foi usado no passado mas teve sua série desativada por usar um software que simula sentimentos e não apenas encara a realidade de forma lógica, o que o tornou instável.
A série é realmente muito boa, ela não se passa em um futuro extremamente exagerado, é algo parecido com o nosso mundo, carros tem rodas, pessoas se vestem com roupas normais, sem muita emperiquitação, e prédios tem estruturas semelhantes à nossa. Mas há os toques futuristas como hologramas por exemplo.
A forma como a história é conduzida me agradou bastante, apresentando um policial desconfiado pra caramba a ponto de ser irritante, e toda aquela filosofia de máquinas com pensamentos e atitudes, algo que dá um certo arrepio. E também é necessário lembrar que se trata de uma série policial, portanto o foco é na investigação com alguns mistérios envolvidos e surpresas, além é claro da
confiança entre o homem e o robô surgindo aos poucos.
Enfim, ta aí uma série que vai agradar a fãs de ação e a fãs de ficção, unindo uma história com clima maduro que acaba sendo bem atraente. Eu não digo que a série é inovadora, porque realmente não é, mas definitivamente ela é apresentada de uma forma que é muito mais envolvente que a maioria das séries de ficção.
2 Comentários
Sky veja um anime que envolve essas investigacoes policiais e tambem é futurista, acredito que vc vai gostar se chama psycho pass
ResponderExcluirexiste um filme bem parecido
ResponderExcluirEU ROBO