Bom, hoje eu vou falar sobre ArmA II, um jogo que merecidamente conseguiu a sua fama de uma forma bastante inusitada, graças à enorme liberdade de criação dada à comunidade pela Bohemia Interactive, o jogo se destacou e chamou muito a atenção.
Como eu falei anteriormente, ArmA I foi um jogo incompreendido pelo público, isso porque a liberdade que ele deu era espetacular e muito realista, no entanto as pessoas iam jogar pensando em um Call of Duty, o que poderia acabar frustrando. Mas a verdade é que ele não era um jogo ruim, mas sim um jogo diferente do que as pessoas esperavam.
Dessa forma ArmA, se tornou um jogo com um público próprio, composto por pessoas que gostam de uma experiência mais séria e bastante próxima da realidade, tornando-se assim algo viciante e único para aqueles que tinham se dedicado de verdade e compreendido o jogo. Quando ArmA II foi lançado, foi natural que esse publico se mantivesse, porém a grande surpresa ocorreu quando o mod DayZ foi lançado, e aí sim não apenas os fãs de ArmA, mas a comunidade de jogos em geral voltou seus olhos para esse jogo e começou a compreender direito a sua proposta.
Agora falando mais sobre o jogo, esse é daqueles jogos que tem um belo suporte a mods, a Bohemia Interactive mereceu com certeza se destacar em cima disso. Com uma comunidade extensa, o jogo já oferece normalmente uma quantidade gigantesca de opções, mas se mesmo assim a pessoa não estiver satisfeita, ou ela quiser algo em especial, pode procurar por modificações e certamente irá achar algo que queira.
Nas missões de ArmA II, você não pode esperar cumprir as coisas de um jeito certinho, como é normal de se ver em jogos de tiro. Aqui as situações simulam acontecimentos reais, com decisões reais a serem tomadas, portanto no meio de uma missão algo pode acontecer e você pode receber um pedido para fazer algo, daí aparecem as opções de resposta e você decide como fazer aquilo ou simplesmente negar, mas cada coisa que você decide, tem consequências. Por exemplo você pode receber um pedido para que você cumpra um objetivo e pode negar, dizer que é perigoso demais, você pensa na hora "Vai ou não dar certo? Eu sou confiante o suficiente? Será que vou conseguir?" isso porque você realmente não sabe se você vai conseguir, existem muitos variantes que podem fazer as coisas serem diferentes e se você negar, pode ser que você salve sua vida, mas pode também fazer o rumo da missão ser bastante diferente.
Existe uma simulação real de comunicação entre você e a inteligência artificial do jogo, com algumas falas já prontas para certas situações e outras geradas na hora de forma bastante robótica, porém mesmo assim é algo lindo de se ver. Por exemplo se você perguntar para seu companheiro a posição dele, ele diz "Eu estou na grade..." daí fala de forma robótica um número, se você conferir os números que ele te deu no mapa, verá que são referentes às grades que o dividem, é simplesmente incrível.
Graficamente falando, ArmA II não é muito atraente, às vezes ocorrem alguns problemas na textura e existem certas animações que não são muito bonitas, porém o foco do jogo não são os gráficos. Esse é o preço pela liberdade tão alta de modificações que o jogo tem e além disso a física dele é incrível, sem contar que é possível baixar muito conteúdo que pode sumir com elementos do jogo que você não goste. Mas o gráfico mesmo não é bonito, por isso se você for jogar, você não pode ir imaginando um Crysis, mas sim um jogo com liberdade extrema de possibilidades e com foco em realismo. Além disso o jogo contém também expansões, sendo que cada uma o melhora ainda mais.
Enfim, aí está um jogo que acho que a Bohemia Interactive merece palmas, pois graças a sua boa fé com a comunidade, ela conseguiu o retorno que merecia em cima do jogo. Confiram também a análise que fiz para ArmA III. Agora vejam o trailer incrível desse jogo e entendam porque vocês devem jogar, e antes que perguntem, sim ele também é em mundo aberto!
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