Para aqueles que não conhecem, o rpg de mesa é um jogo onde um grupo de jogadores se reúne e um deles interpreta o mestre, que é responsável por narrar uma história, descrever ambientes, inimigos e etc. Enquanto os outros criam fichas com algumas características de personagens e os interpretam. Há uma série de regras no rpg de mesa e essas devem ser seguidas e para resultados aleatórios são usados dados. E assim por dias os jogadores voltam à mesa para sentar e jogar, formando assim uma campanha.
Baseado no rpg de mesa, surgiu o rpg de turnos, uma versão virtual onde os personagens não tem a mesma liberdade, porém tem um mundo pra explorar da forma que quiserem e as vezes tem diferentes opções de respostas quando se conversa com algum personagem do jogo, um bom exemplo disso é o clássico Final Fantasy. Logo surgiram várias versões de turno e se tornou um estilo de jogo bem conhecido.
Porém com o passar do tempo, naturalmente a fórmula se tornou comum demais e assim surgiu o estúdio brasiliense chamado Behold com uma ideia inovadora de fazer não um simples rpg de turnos, mas sim um simulador de RPG de mesa! Isso mesmo, estou falando de uma simulação daqueles jogos em livros que nós tanto amamos!
Em Knights of Pen & Paper você começa criando jogadores sendo que você escolhe a classe e a personalidade. Cada personalidade dá um certo tipo de bônus, isso porque no rpg de mesa existem muitos jogadores que se dão bem com um tipo de personagem por saberem interpretar bem enquanto outros acabam sendo um verdadeiro caos por não saberem usar de forma apropriada. Dessa forma quando você escolhe um tipo de jogador, deve olhar os bônus dele e a partir disso escolher a classe que ele vai interpretar. Assim como em uma mesa de rpg, existem aventuras que começam com um determinado número de jogadores e depois entra um novato pra diversão e vai aumentando o grupo.
O visual do jogo é muito atrante, trata-se de uma mesinha em que o mestre fica sentado de um lado, e do outro tem as cadeirinhas com jogadores as ocupando. E ao invés dos tradicionais rpg's de turno onde você entra nos lugares e vai vendo as coisas acontecendo, nesse o mestre vai narrando o que você encontra e o plano de fundo muda de acordo com o que ele diz, assim como aparecem personagens no fundo com seus próprios balões de fala. É simplesmente fantástica a ideia! Outra coisa muito legal é que os jogadores fazem comentários comuns em RPG de mesa, por exemplo as vezes o mestre é maldoso falando "Vocês estão se divertindo muito, quero me divertir também!" e invoca uns monstros, ou mesmo o jogador tarado fazendo comentários sobre a campanha "Bem que essa garota que apareceu podia ser gostosinha né? Ao menos isso!" uahahahaha.
Os combates são em turnos também, e neles aparecem na parte de trás os inimigos com suas barrinhas de vida e há aquele sistema clássico de luta de turnos, podendo-se usar objetos, habilidades especiais, ataques ou apenas se defender.
O jogo tem um mapa próprio e todo um mundo para se explorar, você não fica preso a aventura, portanto se decidir ir pra outro lugar, é só ir pro mapa e selecionar o lugar. Mas apesar disso viajar custa dinheiro e quanto mais longe o lugar, mais caro ficará a viagem. Também é um mundo de perigos e enquanto você anda, o dado vai sendo rolado para ver a probabilidade de você chegar sem problemas, caso o contrário podem aparecer inimigos na viagem que queiram te atacar.
Enfim, esse jogo é simples mas é espetacular, mostra o quanto empresas indie precisam mesmo existir para mostrar que é possível se inovar pra caramba usando apenas formulas antigas. Vale demais a pena jogar, recomendo muito! Vale a pena dar uma conferida no site da G2A, pois lá eles costumam vender keys da steam por um valor bem mais barato que na própria steam e ainda aceitam boleto bancário. Dê uma conferida aqui.
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