Sabem, antigamente eu não tinha o problema de jogar uma sequencia antes de jogar um jogo original, eu jogava normalmente o que viesse, era algo que eu não via problema começar de um jogo pelo terceiro, não que seja realmente um problema se você quiser apenas se divertir, no entanto com Alone in the Dark 3 provavelmente foi a primeira vez que me senti traindo uma série ao jogar algo sem jogar o anterior.
Antes eu achava meio estranho isso já que o primeiro alone in the dark que zerei foi o 4, mas atualmente acho que já entendi qual era a minha lógica na época. O negócio é, eu primeiro zerei Alone in the Dark 4 daí beleza, não tinha problema começar um jogo do último lançado (Até então) mas daí fiquei tão maravilhado com aquilo que fui jogar Alone in the Dark 1 e esse me deixou fascinado pra caramba, tinha algo de tão especial naquele jogo antigo e com gráfico feio que minha paixão só aumentou e naturalmente fui jogar Alone in the Dark 2, no entanto com esse as coisas foram diferentes, eu era simplesmente incapaz de zerar, a dificuldade era muito superior do que eu era capaz de aguentar em um jogo, o que fez apenas com que eu ficasse com meses de frustração até finalmente decidir jogar Alone in the Dark 3, só que nesse momento (sem perceber) eu já sentia como se eu tivesse decidido jogar um a um e por isso esse jogo sempre me fez sentir bem estranho, me sentir como se tivesse traindo a série se eu o jogasse sem zerar o 2, e portanto acabou entrando pra lista de jogos que eu apenas saí catando pedacinhos, dando uma jogadinha aqui, outra ali e no final desinstalando sem nem zerar, uma verdadeira tristeza... E até hoje é assim, um jogo que eu amaria zerar mas infelizmente acho que não vai acontecer.
Bom, a história desse passa no ano de 1926, Edward Carnby ganhou um certo sucesso por anteriormente ter resolvido dois casos envolvendo coisas sobrenaturais e por isso publicaram uma reportagem sobre ele em um jornal que o apelidou de "Private Supernatural Eye". Nessa mesma época estão gravando um filme em uma cidade fantasma dos tempos do velho oeste e misteriosamente a equipe inteira desaparece. Após isso Carnby é chamado e enviado ao lugar para descobrir o que aconteceu...
Po a história em si eu já acho muito fodinha, afinal é um jogo de 1994 e isso de você sozinho em uma cidade fantasma me soa muito lindo. É também a primeira vez que o ambiente não é na maioria das vezes uma mansão, mas sim diversos pontos de uma cidade. Um detalhe que acho que marcou ele com esse negócio de intitular o Edward Carnby com isso de detetive particular foi algo que marcou o personagem e a série como voltado para elementos sinistros. Consagrou ele como sendo um tipo de Constantine e não apenas um detetive que por acaso pegou dois casos sobrenaturais mas que poderia ter jogos que só aparecessem assassinos normais.
Esse jogo é difícil também como o segundo, no entanto eu não achei ele tão difícil, lembro que eu conseguia fazer um belo avanço antes de morrer. Outro detalhe interessante é que ele tinha mais terror também, há certos momentos de agonia com espíritos e até terror psicológico, por exemplo tem um lugar que você vai parar em uma prisão com um buraco no centro, daí você tem que abrir a grade e a câmera fica do lado de fora, porém constantemente do buraco vai subindo lentamente bichos e vindo em sua direção, isso faz você entrar em desespero. Outro lugar que fizeram algo bem fodão foi um quarto onde há um quadro enorme de um garoto e em cima da mesa um diário que fala sobre ele e a aparição do espírito, quando de repente BUM Ò_Ò! O moleque aparece no quarto. Acredito que a equipe percebeu que o Alone in the Dark 2 não tinha tantos elementos sobrenaturais como o primeiro e que isso era realmente uma marca que precisava ser mantida, por isso voltaram com isso. Mesmo assim há muitos humanos também e armados, por isso o tiroteio aparece constantemente e particularmente acho muito difícil lugar contra inimigos com armas, portanto geralmente é bom se achar jeitinhos de se livrar dessas desgraças. '-'
Enfim, ta aí um jogo tão atraente quanto Alone in the Dark 2 que infelizmente não creio que eu vá zerar um dia mas que definitivamente merecia uma matéria só pra ele. Confira também a análise do inesquecível Alone in the Dark the New Nightmare.
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