A colina das almas esquecidas - Parte 11

Lembrem-se de ler todas as partes anteriores antes de vir para essa, estão aí

Parte 01 Parte 02 Parte 03 Parte 04 Parte 05 Parte 06 Parte 07 Parte 08 Parte 09 Parte 10

-O que aconteceu? - O rapaz perguntou ao mago

-Eu pedi pra você fazer uma fórmula, mas pelo jeito vocês não tomaram?

-O que?

-O líquido verde no chão... Quando despertei, vi vocês sendo atacados, percebi que vocês não tinham tomado porque caiu, aquela era nossa passagem para fora daquela casa.

-E por que você não disse?! - Gritou Giltan, sem pensar.

-Porque eu estava desmaiado.

-E... Como? - O guerreiro parecia tentava elaborar uma frase, mas estava perdido em meio a tantos pensamentos.

-Quando despertei, eu estava prestes a ser atacado, mas usei a força que tinha para me livrar da criatura... Lambi imediatamente o que estava no chão e coloquei um pouco na sua boca, infelizmente não pude fazer nada por Klen, ela foi atacada por uma quantidade muito grande de mortos.

-E como saímos de lá?

-Aquela é a "poção da morte" quando você a bebe, toda a sua essência de vida que sua alma emana, desaparece, essência que atrai essas criaturas, ela passaram a simplesmente nos ignorar, eu arrastei seu corpo como pude, eu tentaria te levantar, mas não tinha forças, tinha perdido muito sangue, usei magia para te puxar o mais longe possível e acabei desmaiando, não sei por quanto tempo, mas quando acordei, você ainda estava vivo. Eu cuidei de suas feridas enquanto dormia, ainda vai doer mas você poderá lutar se tivermos problemas.

O jovem olhou para seu corpo e viu diversas faixas em todo o seu corpo, só então percebem que o mago também tinha faixas pelo corpo. Logo perguntou:

-E o necromante?

-Eu não sei... Se ele nos seguiu, soube como se ocultar, eu não vi ninguém, talvez tenha pensado que não iríamos consseguir sair dali e ido pegar outra vítima, eu não sei, pode ter sido tanta coisa... O importante é que ele não está aqui.

-Eu... Olha, me desculpa... Eu devia ter percebido, era lógico que tinha algo estranho com aquele velho, deveria ter ido com você.

-Não adianta se culpar agora, passou...

-É mas não é só isso, quando eu estava sozinho eu quis abandonar vocês, pensei os deixar como isca e fugir, ou então salvar você e deixar a Klen como isca, eu realmente não sei como posso ter chegado a pensar em algo assim.

-Na hora do desespero, pensamos em muita coisa para sobreviver. Mas então, você vai querer dormir aqui? Ou partiremos agora?

-É melhor ficarmos... Eu preciso realmente pensar um pouco nisso tudo, é coisa demais.

-Está bem, se não se importa, eu poderia dormir um pouco enquanto você vigia?

-Quando eu estava desmaiado o que você fazia sem ninguém para vigiar?

-Eu não dormia.

-E você caçou um coelho com o braço arrancado e depois de me arrastar?

-Eu desmaiei também, recuperei um pouco de energia, fora isso usei magia para ajudar. É o que falei, para sobreviver, fazemos muitas coisas, de que adiantaria tudo que fiz, se eu simplesmente dormisse? Melhor sofrer um pouco e ficar vivo do que não resistir e morrer.

-Entendo... Tudo bem eu vigio, eu não conseguiria dormir agora mesmo.

-Muito bem, boa noite então.

As horas passaram e o rapaz não notava nada de agressivo naquela mata que os cercava, a luz da fogueira dançava com a leve brisa que batia. Ele não conseguia parar de pensar em Klen, era inacreditável que ela realmente tivesse morrido. Ficava imaginando como a situação poderia ser diferente, e em meio às chamavas, imaginava seu rosto se formando, a última vez que a viu, sendo devorada viva.

A noite passou e o guerreiro não conseguia dormir, Lothar despertou meio dia do dia seguinte, com o cheiro de coelho, assustou-se ao ver que já era tarde e perguntou:

-Por que me deixou dormir até essa hora? Não iamos revezar?

-Depois de você ficar acordado por dois dias me vigiando? Acho que você merece o crédito. - Disse o rapaz forçando um sorriso, porém triste demais para conseguir desfarçar.

-Entendo, obrigado. Vejo que você esquentou o coelho de ontem - Disse Lothar, notando a tristeza do companheiro, mas ignorando, julgando melhor não tocar no assunto, quanto mais rápido ele esquecesse isso, melhor.

-Sim, você cozinha bem, está ótimo.

-Não creio que vá dizer isso quando não estiver faminto.

Lothar se levantou e olhou ao redor, como se examinasse o lugar e então disse:

-Bom, vamos.

-Não vai comer?

-Eu como depois, estamos muito atrazados, lembre-se Giltan, nós temos uma missão apesar de tudo.

-Sim eu sei.

Os dois seguiram viajem, no caminho o guerreiro perguntou:

-Como você conseguiu recuperar nossas coisas?

-Como assim?

-Elas estavam no quarto, como você as pegou?

-Eu entrei e peguei.

-Mas e os mortos?

-Após bebermos a poção, ficamos imunes a eles Giltan, apesar de eu estar desesperado, eu tinha noção o suficiente para saber que precisávamos daquelas coisas, então usei um pouco do tempo para entrar no quarto, e pendurar tudo no ombro.

No caminho os dois tinham conversas desse tipo de tempos em tempos, o jovem estava curioso, Lothar não demonstrava estar incomodado com as perguntas, mas era bem direto com as respostas, até que em certo momento, ele fez um som com a boca, para Giltan se calar e os dois pararam repentinamente, o mago perguntou:

-Você está ouvindo isso na floresta?

-É... Um bardo?

-Sim, pelo jeito parece um bardo cantando uma música. Mas no meio da floresta?

Giltan então diz que:

1 - Pode ser o necromante, ele podia assumir formas e nos seguiu até aqui, vamos gritar para ele sair e que sabemos de sua presença, entrar na floresta não seria inteligente, se não responder, seguimos viajem.

2 - Só pode ser o necromante, vamos gritar pra ele sair, se ele não responder, entramos e o matamos na floresta mesmo.

3 - Vamos embora daqui, melhor seguir viajem, na última vez já foi ruim o suficiente.

4 - Vamos entrar na floresta, pode ser simplesmente um grupo de aventureiros, mas se for uma ameaça, o matamos.

Vocês tem até as 20:00 da noite para votar beibe! Decidam o melhor *o*