A colina das almas esquecidas - Parte 07

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Giltan chama Klen para recuar e os dois voltam para a sala dos fundos, levanto Lothar, o mago está realmente muito mal. Klen fecha a porta rapidamente, trancando-a e se encosta nela rapidamente. Lá fora pode-se ouvir o horrível som que as criaturas soltam.

O guerreiro coloca o mago sentado no chão, e esse pede os frescos e pomadas que anteriormente pediu para que o guerreiro pegasse e começa a falar o que deve fazer, Giltan nervosamente mistura as fórmulas e entrega ao mago, que aplica na ferida. Pode-se ver claramente os dedos de Lothar queimando ao passar a fórmula, parece algum tipo de ácido, a ferida também é queimada e ele solta gritos horríveis de dor, mas continua. Ele então diz:

-Aquele velho, ele é um necromante na verdade.

-E por que nos prestou cuidados ao invés de aproveitar que estávamos machucados para atacar?

-Não foi bem isso que ele fez, ele estava cuidando dele mesmo, ele não apenas invoca mortos, mas controla a vida, e usa isso para viver anormalmente mais que pessoas comuns, porém isso tem um preço?

-Qual?

-Ele precisa de fontes de vida, por isso nos prestou cuidados, quanto em melhor estado estivéssemos, melhor seria o ritual, talvez nos prendesse em algum lugar e absoevesse nossa energia vital por anos, eu não sei bem...

-E cadê ele? Como você perdeu o seu braço?

-Eu achei aquilo ali - O mago aponta para o suporte com a roupa da garota e o medalhão.

-Aquilo... Eram as roupas daquela moça?

-Algo do tipo, eu desconfio que a moça nunca existiu, talvez seja alguma ilusão dele, ou até ele mesmo que tenha assumido a forma de jovem mulher para atrair viajantes. Talvez ele tenha feito isso por séculos, quem sabe esses cadáveres lá fora não sejam fruto disso tudo? Os restos das vítimas, após não se ter mais força vital para absorver...

-Se tornaram escravos... Pobres almas.

-Infelizmente fui ingênuo o bastante para não me tocar na hora e nesse momento de falta de atenção, ele lançou um liquido no meu braço que começou a me consumir, acredito que se eu não tivesse evitado o processo, iria desmaiar, meu braço pareceu ter apodrecido imediatamente.

-E então...

-Eu o arranquei antes que o resto do meu corpo fosse consumido.

Klen pergunta:

-Como é que nós vamos sair daqui? Não tem nenhuma janela e mesmo que tivesse, nós iremos abandonar todo nosso equipamento?

-Eu acho que podemos ter uma solução se aqui tiver os ingredientes certos. - Disse o mago.

-Qual?

Nesse momento a porta começa a bater fortemente, aparentemente as criaturas finalmente começaram a tentar entrar. O mago tenta se levantar, mas logo cai no chão novamente, soltando um gemido de dor, o seu braço sangra muito apesar de ser menos que antes de passar a fórmula que queimava, seu rosto está muito pálido e ele parece prestes a desmaiar. Então ele pede para Giltan procurar uma série de ingredientes, ele acha alguns, mas outros não, e assim o mago vai citando como deve misturar, no final ele tem um fresco verde com algumas raízes dentro e um cheiro terrível que faz surgirem lágrimas nos olhos, e uma estranha fumaça saindo. O rapaz pergunta ao mago para que é aquilo, mas esse pára de falar e perde a consciência. Klen  empurra fortemente seu corpo contra a porta, mas diz que está difícil. Giltan então olha o frasco e decide que:

1 - Deve tomar, provavelmente a fórmula causa algum tipo de força fora do comum, ou um efeito mágico do tipo, que os tirará dali.

2 - Deve jogar na parede, com o cheiro que sai do frasco, só pode ser algo corrosivo, ele deve fazer um estrago, quando em contato com algo, porém se ele já tem uma sensação horrível com o liquido contido em um frasco, nem imagina o que pode acontecer com aquilo infestando todo o lugar.

3 - Deve esperar o mago acordar para dizer exatamente o que é aquilo, apesar de que a porta pode ser arrombada a qualquer momento, mas se ele for para o lado da amiga, talvez consigam aguentar segurar.

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