Resident Evil 5 Coop é uma experiência que você não pode deixar passar

Particularmente não tenho tara alguma por jogos multiplayer, eu acho legal mas não faço questão, tem gente que fala que se um jogo não tem multiplayer então não presta, porém eu não penso assim. Gosto de história e é o que mais me atrai. Mas com Resident Evil 5 a coisa é bem diferente... Apesar da história legal, a experiência multiplayer é fantástica e acho uma pena que tanta gente tenha preconceito a ponto só de nem jogar.

Eu gostei muito do quarto jogo da série principal, mesmo com a limitação no quesito horror. Achei a ação bem legal, e me agrada muito esse ambiente pobre que adotou. Algo do tipo também foi selecionado para ser o cenário do quinto jogo, um vilarejo no meio do nada na África, chamado Kijuju. Isso me dá uma sensação de abandono, algo distante e misterioso, não sei vocês mas pra mim a África sempre pareceu um lugar muito misterioso, sei lá... Aquela sensação de algo muito distante de casa, e acho muito legal esse clima.

Mas bom, quando joguei a primeira vez, foi no singleplayer e achei muito um bom jogo, era o mesmo esquema do Resident Evil 4 que adorei, mas até então era isso... Um jogo diferenciado do anterior por ter a presença de um bot te seguindo, a Sheva, o que era um charme a mais, mas não era assim inovador, já que RE4 tinha a Ashley em certas partes.

 

Até que, alguns dias depois, meu amigo Thiago, veio aqui em casa e trouxe o gabinete dele, então conectamos ele no sucata e instalamos Resident Evil 5 no PC dele. Depois disso jogamos em rede para experimentar, mas não foi muito tempo porque ele teve que ir embora e era via carona, portanto não dava pra ir muito além. 

Mas esse pouco que jogamos foi o suficiente para eu perceber que esse era um jogo que não seria a mesma coisa zerar sozinho, simplesmente não tinha a mesma graça, e eu desanimei de jogar ele sem ter um amigo acompanhando, afinal é um jogo que dá vontade de conversar enquanto você joga, compartilhar informações, falar sobre como ficou surpreso com certos monstros gigantes e precisa de ajuda, entre outros detalhes do jogo que só com alguém acompanhando para ter a mesma sensação.

 

E bom, acabei decidido que precisava demais melhorar o sucata pra poder conseguir montar um PC extra no meu quarto e chamar um amigo. Infelizmente isso não rolou, afinal, mesmo tendo já boa parte das peças e o jogo rodando em configurações fraquíssimas super baratas (A ideia era pegar uma 9400), só não rolou, até que chegou o Kellevra, leitor do blog que virou um grande amigo, exatamente por causa dessa experiência, pois foi verdadeiramente uma aventura juntos.

No jogo há dois personagens, o Chris Redfield e Sheva Alomar, na versão multiplayer, o segundo jogador fica sempre no papel de Sheva. Uma das vantagens que se vê de cara é que a Sheva controlada pelo jogo é mais burra que uma porta! Ò_Ò a maldita simplesmente parece uma louca, você dá balas pra ela e ela resolve bancar a cangaceira mandando chumbo pra todo lado, menos nos inimigos, a desgraçada te atrapalha pra cacete e ferra com sua vida, muitas vezes ela fica parada olhando pra você e não faz p#rra nenhuma è_é! A IA que a Capcom desenvolveu parece ser o dedo do gatilho mexendo pra frente e pra trás sem parar, então com um amigo isso já melhora bastante.

A ação fica muito mais agradável, você pode combinar estratégias com seu amigo, salvar ele em maus momentos, anunciar que achou o caminho certo, é muito fantástica a coisa! Uma verdadeira experiência cooperativa! Coisas como você estar de costas e então seu amigo dar o tiro no inimigo que estava chegando logo atrás de você é bem atmosférico. Além disso tem diversos tesouros que podem ser achados pelos cenários em que vocês passam, esses tesouros podem ser vendidos entre as fases.

Há vários tipos de armas que você vai pegando durante o jogo, ou pode comprar, e essas armas podem ser atualizadas, então basta usar a grana que você achou no cenário ou com venda de tesouros e atualizar a potência da arma, capacidade, velocidade de recarga, possibilidade de acerto crítico, é bem legal isso, esse tempinho que você e sua dupla passam atualizando e organizando armas

 

Da mesma forma causa uma satisfação incrível mostrar suas próprias armas atualizadas ao seu companheiro e testá-la nos inimigos pra ver se a coisa é boa mesmo. Isso sem contar com a troca de itens, você pode segurar itens para o outro se ele estiver sem espaço, pode curar, trocar coisas com ele, é um sistema que dá uma verdadeira sensação de coop.

Além disso quando você zera, continua com seus itens de antes, e aparecem novos tipos de armas para comprar, isso é realmente um bom incentivo. Dá vontade de jogar de novo, você vê que passa muito mais rápido de parte e tem a satisfação de notar o quanto seu personagem está realmente mais poderoso, então vale mesmo a pena jogar, se vocês tiverem a oportunidade de experimentar com alguém, joguem porque é quase certeza que vão se divertir muito.

Enfim, é isso... Sei que esse jogo é muito mal falado, mas é o Resident Evil que mais me marcou, não pelo horror, que sei que é limitado, mas pela ambientação maravilhosa no meio do nada e a possibilidade de você se sentir em uma verdadeira jornada no coração da África com um amigo. Caso queira comprar jogos da franquia baratinhos, recomendo sempre dar uma olhadinha no preços das keys na GMG antes de comprar na Steam, algumas vezes os preços deles estão bem abaixo do normal, e comprando keys lá, você acumula XP, que gera várias vantagens extras, como descontos extras nas próximas compras e até jogos grátis! Dê uma conferida aqui.

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